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Domingo, 31 Janeiro 2010 07:34

EUA
Transexual processa hospital por discriminação



J. Hidalgo, uma transexual porto-riquenha de 49 anos que trabalhava no Hospital Bellevue, processou o necrotério por discriminação laboral e afirmou que era constantemente hostilizada, burlada e ridicularizada pelos seus chefes.


Hidalgo contou a um jornal local que trabalhava na limpeza, mas vestida de "homem" e com o cabelo puxado para trás.

"Sempre fui decente para o trabalho, mas quando regressava a casa, vestia-me como mulher", disse ela. Afirmou que em 2007 foi transferida para o Departamento de Limpeza, e foi então que começou a discriminação contra ela. Tem dificuldade de aprendizagem, que lhe foi diagnosticada na adolescência.

Era muito difícil aceitar a sua identidade de género para o pai e, por vezes, andava na calçada oposta para evitar ser visto com o seu "filho". Mas já há algum tempo que a aceita como mulher. Iniciou o seu trabalho no hospital em 2004 como voluntária e foi contratada como efectiva, começando a trabalhar na cozinha até 2007, quando foi transferida para a limpeza.

E foi lá que começou o seu calvário. Em 2008 deixou o trabalho. "Eu sentia-me discriminada o tempo todo", argumenta. Relembra que uma das suas chefes lhe disse um dia que deveria usar soutiens para que os seus "peitos" não estivessem sempre em movimento.

Em Novembro de 2009, interpôs uma acção no Supremo Tribunal de Nova Iorque, em que reivindica 12 milhões de dólares do hospital por discriminação. Alega que lhe foram negadas promoções no emprego, formação, horas extraordinárias, aumentos salariais e outros benefícios de que disfrutavam todos os outros.

Assinala que tudo aconteceu por ser trans e pelas suas dificuldades físicas. Soluçando, disse não se importar com o dinheiro, mas que mais ninguém seja discriminado. Também foi acusada de "ser como é." O seu advogado informou que o caso está na fase de apresentação de provas e de preparação para o julgamento, já que o hospital nega todas as acusações.

O advogado fez notar que a trans era muito querida pelos pacientes e outros empregados. "Isto é simplesmente inaceitável e ilegal", afirmou o advogado. que também pensa que, segundo a sua experiência, a cidade vai procurar tornar o processo o mais lento possível e que poderá levar anos para terminar.

Quando questionado, o director de assuntos públicos do hospital respondeu que têm uma política de "tolerância zero" contra casos de discriminação, mas não pode falar sobre uma disputa judicial em andamento.

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