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Terça-feira, 27 Outubro 2009 17:54

HONDURAS
Assassinato de activista transexual desencadeia reacções



Organizações de direitos humanos da américa central denunciaram a morte da activista transexual Montserrat Maradiaga, promotora dos direitos de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, transgéneros e intersexuais (LGBTTI) nas Honduras.


No sábado, 10 de outubro às 12:30, na esquina da Boulevard Morazan, em San Pedro Sula, Montserrat, membro do Coletivo Tranvesti, Transgénero e Transexual de San Pedro Sula (Collective TTT), estava na beira da calçada com outras duas. De repente, um carro veio muito rápido e foi directo para elas. As outras duas conseguiram escapar do veículo, mas, infelizmente, Montserrat foi atingida e morreu imediatamente. O motorista por sua vez, pôs-se em fuga, desconhecendo-se até à data a(s) identidade(s) ou o paradeiro e o Ministério Público ainda não iniciou as investigações.

A violência contra as pessoas LGBTTI nas Honduras, depois do golpe, que ocorreu em 28 de Junho, têm aumentado. A associação Hondurenha LGTB Arcoiris informou que, desde essa data ocorreram pelo menos 8 mortes violentas de pessoas transexuais, incluindo Maradiaga. É evidente que a crise política agravou a discriminação sofrida pela comunidade LGBTTI e com a impunidade dos crimes contra ela, já que nenhum dos 8 óbitos foi investigado até agora.

Como resposta imediata, membros de organizações transexuais manifestaram-se em frente ao Ministério Público (MP) para exigir a cessação das agressões contra eles. Os manifestantes alegam que nos últimos quatro meses foram assassinados nove transexuais, e que são também vítimas de assédio.

"Não queremos continuar a suportar isto, estamos aqui frente ao Ministério Público a fazer um protesto exigindo o cumprimento dos nossos direitos", disse Patricia Nicole Aelbrecht, do Honduras Gay Universe.

"Nós, que somos profissionais do sexo, sofremos agressões diárias pela polícia, somos extorquidas em dinheiro, somos presas por qualquer coisa, até mesmo algumas activistas foram mortas por se oporem a estas coisas", disse ela.

Das transexuais assassinadas, três eram defensoras dos direitos humanos. Os manifestantes exigem do Estado a promoção de uma política de combate à discriminação e ataques de que são vítimas. "Estamos preocupadas com o que nos vai acontecer, o que vai acontecer amanhã, se eu estiver andando por aí e me matarem, essa é a ordem do dia", observou.

Entre as organizações representadas no protesto encontravam-se a asociación LGTB, Arco Iris de Honduras, Colectivo TTT (Transgénero, Transexual, Travesti) e a Asociación Hondureña de Jóvenes en Desarrollo.

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