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Segunda-feira, 22 Novembro 2010 08:14

UCRÂNIA
TDOR marcado por transfobia



Em Kiev, na Ucrânia, a 20 Novembro último, no Transgender Day of Remembrance (TDOR - dia de homenagem a quem foi morto devido à transfobia), desconhecidos atacaram a reunião pacífica organizada pela ONG "Insight" e Visual Culture Center - "Response to violence against transgender people" (Resposta à violência contra pessoas transexuais e transgênero).


A organização tinha planeado uma projecção do filme "Boys Don't Cry", seguido de debate e de uma pequena vigília com velas.

Cerca de dez homens mascarados invadiram o Visual Culture Center enquanto o filme estava a ser exibido. Obviamente, os atacantes tinham planeado invadir a sala, onde se encontravam mais de trinta espectadores, e atacá-los com gás lacrimogéneo. No entanto, devido à rápida reacção dos organizadores e ativistas, os atacantes foram detidos na entrada e mantidos fora da sala.

Um dos organizadores e coordenador da parte transgénero da ONG "Insight", Timur Lysenko, que foi o primeiro a confrontar os bandidos bloqueando-lhes o acesso à sala, foi espancado. Ele e a sua colega Anastasia Medco da ONG "Fulcrum", que também resistiu, foram fortemente envenenados pelo gás lacrimogéneo. Os agressores, entretanto, fugiram do local.

Timur foi diagnosticado com lesões internas e queimaduras químicas faciais. Todos os espectadores presentes na sala durante o ataque sofreram efeitos do gás lacrimogéneo.

Quando a polícia chegou classificou o ataque como "vandalismo". No entanto, a táctica dos atacantes indica claramente pré-planeamento e intenção: os atacantes usavam máscaras, tinham armas, as suas acções foram coerentes e deliberadas, e fugiram do local todos ao mesmo tempo. O evento dedicado ao Transgender Day of Remembrance foi anunciado antecipadamente, o que permitia planear e organizar o ataque. A acção foi feita claramente por transfobia. Este tipo de acções devem ser classificadas no item 3 do artigo 161 do Código Penal da Ucrânia: "Deliberar atos destinados a agitar [...] ódio, [...], bem como a restrição directa ou indirecta de direitos [...] Com base na raça, cor da pele, convicções políticas, religiosas e outras, género, etnia ou origem social, condição de propriedade, local de residência, língua ou qualquer outra característica".

Até ao momento várias queixas foram apresentados à polícia pelos participantes lesados no evento. Os organizadores insistem que as autoridades reconheçam o ataque como crime de ódio.

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