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Quarta-feira, 19 Maio 2010 06:21

TURQUIA
Violência policial continua contra transexuais



No mesmo dia em que se comemorou o Dia Internacional Contra a Homofobia e Transfobia, cinco mulheres transexuais da associação turca Pink Life foram severamente agredidas.


Os factos aconteceram assim, segundo Kemal Ordek da referida associação: Por volta das 23h, as referidas activistas transexuais da Pink Life deslocavam-se numa viatura em Ankara, quando foram mandadas parar pela polícia, que lhes requereu a identificação.

Todas tinham identificação, que mostraram às autoridades. Mas a polícia queria-as fora da viatura, uma atitude sobejamente conhecida pelas transexuais turcas quando confrontadas com agressividade policial. E elas tentaram permanecer dentro da viatura.

Outros activistas dos direitos humanos que entretanto foram aparecendo dirigiram-se à viatura policial para indagarem das razões deste procedimento. Não lhes foi dada qualquer razão plausível e pouco depois, os elementos policiais começaram a agredi-los violentamente, inclusivé com gás pimenta, na tentativa de os afastar.

As cinco transexuais (Buse Kilickaya, Derya (Selay) Tunc, Turkan, Eser e Yesim) que se mantinham dentro do carro foram forçadas a sair - duas são fundadoras da Pink Life - e foram pontapeadas no estômago, pernas e braços, sangrando imenso. As próteses de silicone das vítimas quase rebentaram durante as agressões.

De seguida, foram levadas para a esquadra onde continuaram as agressões, tendo ficado detidas sem nenhuma acusação. Entretanto, outros membros da referida associação e da Kaos GL, acompanhados por advogados, foram-se informar à esquadra do sucedido, tendo como resposta "Porque é que se preocupam com estes? Metam-se na vossa vida."

Pelas três da manhã, Hakan Yıldırım, advogado, informou que elas seriam levadas à medicina legal, regressando depois à esquadra. Pelas seis da manhã foram finalmente libertadas, ainda sem acusação de qualquer espécie.

A associação Pink Life, pelas 18h do dia 18, promoveu um protesto ao pé do monumento aos direitos humanos da Yuksel Street, Ankara. Esta agressão já foi formalmente condenada pelo European Parliament's Intergroup on LGBT Rights.

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