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Quarta-feira, 17 Agosto 2011 11:53

ALBÂNIA
Violência policial transfóbica em Tirana



A PINK Embassy/LGBT Pro Albânia, uma organização que trabalha para a protecção da Comunidade LGBT na Albânia, emitiu um comunicado manifestando a sua profunda preocupação com o caso mais recente de extrema violência contra um membro da comunidade transgénero em Tirana, Albânia.


A 14 de agosto de 2011 por volta das 16h00 elementos da polícia, acompanhados por um cidadão, investigavam o roubo de um colar no parque perto do Parlamento albanês. Entre as pessoas que estavam a interrogar encontrava-se um jovem, amigo de um grupo de transexuais que habitam perto do parque. Quando a polícia tentou deter o jovem, enfrentou resistência por parte de uma transexual chamada Paloma.

A reacção da polícia em relação a Paloma foi extremamente violenta, ultrapassando todos os limites aceitáveis da sua utilização legítima. Um grupo de seis polícias, entre os quais se encontrava uma mulher, usaram de uma totalmente injustificada violência que, com base em actos internacionais ratificados pela Albânia, poderia ser classificado como punição degradante e tortura.

Paloma foi então levada sob custódia da autoridade polícial de Tirana, onde a violência contra ela continuou até que ela ficou totalmente coberta de sangue e quase desmaiou. Para evitar contusões na cabeça e rosto, foi forçada a usar um capacete, enquanto os pontapés e socos continuaram por todo o seu corpo. A PINK Embassy / LGBT PRO Albânia encontra-se na posse de imagens que mostram as cicatrizes e hematomas pelo seu corpo. A polícia levou então Paloma ao Mother Teresa National Hospital (QSUT), onde recebeu assistência imediata e, de seguida, foi levada de volta à sede da polícia de Tirana.

Durante toda a detenção não foi oferecida a Paloma qualquer assistência jurídica e foi “convidada” a assinar documentos sem o seu consentimento. Paloma não sabe ler nem escrever.

A PINK Embassy insta o Ministério do Interior e o Albanian People’s Advocate a que iniciem uma investigação imediata sobre o caso e que levem à justiça todas as pessoas envolvidas na tortura durante intermináveis horas de uma pessoa transgénero, colocando a sua vida em perigo absoluto.

Durante anos, informa a PINK Embassy, a comunidade transgénero albanesa tem sofrido marginalização e exclusão social. A Comunidade não tem apoio das instituições do município de Tirana nem do governo central. Não é a primeira vez que a PINK Embassy publicamente denuncia a violência e maus-tratos de pessoas transgéneros em Tirana pela polícia. Apesar de nos últimos meses ter havido uma melhoria no tratamento dado pela polícia às pessoas transexuais, este recente caso demonstra haver necessidade de melhorar o seu profissionalismo e comportamento de trabalho.

Para quem desejar dar uma ajuda à PINK Embassy podem enviar emails exigindo uma rápida investigação para os seguintes endereços:

Minister of Interior: Mr. Bujar Nishani

E-mail: minister@moi.gov.al

General Director of Albanian State Police: Mr. Hysni Burgaj

E-mail: policiaeshtetit@mrp.gov.al

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