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Domingo, 15 Novembro 2009 19:53

EUA
Contratada como homem, despedida como mulher



No Halloween de 2006, Vandy Beth Glenn, ao contrário de alguns de seus colegas mascarados, foi trabalhar vestida com os trajes típicos de uma mulher de negócios.


Por esse facto, a ex-editora da Georgia General Assembly foi demitida, como o seu chefe na altura reconheceu recentemente em documentos judiciais.

Vandy tinha decidido semanas antes que já não aguentava ser duas pessoas distintas, uma como Glenn Morrison (nome de nascimento) e vivendo como Vandy Beth. Informou a sua superior imediata, a editora chefe Yinger Beth, que tinha sido diagnosticada com Transtorno de Identidade de Género, uma classificação psiquiátrica referente a pessoas em conflito com o seu sexo biológico.

Yinger e Vandy concordaram que faria a sua estreia no local de trabalho como uma mulher no Halloween. Glenn vestiu-se conservadoramente, com uma saia preta pelo joelho e uma camisola vermelha de gola.

"Penso que nada me poderia ter feito regressar nessa altura", disse Vandy. "Cheguei a um ponto na minha vida, onde eu disse que era hora de seguir em frente. Além disso, eu pensei que estava bem esclarecido que era uma condição médica."

O seu chefe, o Conselheiro Legislativo da Geórgia Sewell Brumby, viu-o de forma diferente.

No seu depoimento, Yinger disse que apoiou a decisão de Glenn, apesar de recear que alguns teriam dificuldade para se adaptarem à mudança. "Mas pensei que ele deveria ter sido autorizado a permanecer ao serviço", disse Yinger, que não quis comentar o assunto.

Brumby, que não respondeu aos pedidos de uma entrevista, discordou, de acordo com os documentos judiciais, embora tenha antecipado um processo jurídico. Mas manter Vandy "seria extremamente prejudicial ao nosso trabalho", afirmou no depoimento. Embora Vandy trabalhasse num escritório sem janelas e tendo pouco, se algum, contacto com os legisladores, Brumby estava preocupado com a sua reação. "Penso que alguns membros da Legislatura teriam visto o que ocorria no nosso escritório, talvez, como imoral, talvez não natural, e talvez, se quiser, como liberal ou ultra-liberal", afirmou.

Vandy não está processando por danos. Ela só quer o seu emprego de volta escrevendo e editando leis estatais.

Vandy trabalha principalmente como freelancer agora. E de uma auto-descrita política moderada tornou-se uma activista transexual, testemunhando recentemente perante o Congresso em nome do Employment Non-Discrimination Act. Se a legislação for promulgada com efeitos retroactivos anteriores ao Halloween de 2006, Vandy provavelmente ainda terá o seu emprego.

"A regra na Geórgia é que se pode ser demitido por qualquer motivo", disse o advogado de Vandy, Greg Nevins, "desde que não seja um proibido por lei."

O procurador do Estado, Richard Sheinis, apresentou uma moção para arquivar o processo no ano passado, argumentando que Vandy não tem base legal para processar não porque existe nenhuma lei estadual ou federal que garanta protecção a transexuais. Em Junho, o juiz do U.S. District Richard Story decidiu contra a defesa.

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