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Quinta-feira, 10 Janeiro 2013 07:29

BRASIL
Os anos mudam, a transfobia não



No último Domingo, 06 de Janeiro, deu-se o primeiro caso conhecido de violência transfóbica que resultou numa fatalidade. E para não variar aconteceu na América do Sul/América Latina, mais precisamente no lusófono Brasil.


O crime deu-se na madrugada de Domingo 06 de Janeiro, nas Estradas das Olarias, no bairro Santa Cândida, em Curitiba, terra natal de Maitê Schneider, uma activista trans que curiosamente nunca faz notar estes casos que se multiplicam por todo o Brasil.

Segundo o delegado Rubens Recalcatti, que está encarregue do caso, a vítima era conhecida como ?Bruna Galisteu? ou ?Nicole Galisteu?, tinha 20 anos, e morava em Santa Catarina.

A polícia já deteve 3 suspeitos do crime que, em declarações à mesma, afirmaram que estavam num encontro com ela e descobriram que Galisteu não era mulher biológica.

Maicon dos Santos Straub, de 19 anos, Sidnei Augusto Bueno, de 30, e Daniel Moraes dos Santos, de 26, resolveram ir para o engate na noite de sábado. Um dos rapazes teve então a ideia de fazer um esquema com uma mulher de quem ele tinha contacto, que era Nicole Galisteu.

De acordo com o relato foram buscá-la bem como outras mulheres a Araucária e durante a noite um dos rapazes percebeu que Galisteu era uma trans e começou a gozar com outro amigo que estava aos beijos com ela.

Indignados com esse facto, dois deles foram a casa buscar uma arma e o terceiro ficou na conversa com a trans, como que distraindo-a. Depois de terem a arma, deram-lhe boleia até ao bairro Santa Cândida, onde a mataram.

De acordo com o delegado, ?atiraram e passaram com o carro por cima dela, em um crime homofóbico. O Sidnei e o Maicon atiraram enquanto o Bruno teria ficado no carro?.

Depois de a assassinarem, já na manhã de domingo, os amigos foram presos noutra ocorrência policial. Foram reconhecidos como assaltantes de uma farmácia no bairro Colombo, situação que terminou com um suspeito morto depois de confronto com a Polícia Militar (PM), já no bairro Santa Cândida, na capital. Foi desta situação que a polícia conseguiu as informações de que foram estes os assassinos de Nicole.

Reagindo a este crime, o Trans Grupo de Curitiba está organizando uma manifestação para relembrar as trans assassinadas vítimas da intolerância na região. A mobilização vai acontecer no dia 29 de Janeiro, Dia Nacional da Visibilidade Trans.

"Uma vida sem violência é um direito das travestis e transexuais" diz o folder postado no Facebook.

Mas o Brasil é fértil em casos de transfobia. Noutro registo, em Goiânia, no Setor Estrela Dalva, e também no Domingo 06 de Janeiro, uma trans foi esfaqueada por cinco homens, supostamente como resultado de uma discussão motivada pela negociação de um ?programa?. Ela era trabalhadora sexual.

No Pará, no Sábado 05 de Janeiro, duas trans, também trabalhadoras sexuais, e um rapaz envolveram-se numa luta e foram parar a uma esquadra da polícia. Elas alegam que o rapaz se negava a pagar o ?programa? enquanto ele afirmava que tinha sido assaltado por elas.

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