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Segunda-feira, 9 Janeiro 2012 05:10

TAILÂNDIA
Hospedeiras trans fazem voo inaugural



As primeiras hospedeiras de bordo trans fizeram o seu voo inaugural de Bangkok para Surat Thani.


A nova companhia de aviação comercial, a PC Air, contratou quatro mulheres transexuais no ano passado, ao contratarem 30 hospedeiras de bordo. Mais de 100 mulheres trans inscreveram-se para o trabalho.

Foi notícia por todo o mundo, com a esmagadora maioria dos media a demonstrarem o preconceito e transfobia existentes, chamando-lhes “Ladyboys”, “Travestis”, “eles” e outros epítetos do mesmo género.

O presidente da companhia, Peter Chan, afirmou ao Daily Telegraph na altura: “penso que estas pessoas podem ter muitas carreiras - não somente no mundo do espectáculo - e muitas têm o sonho de serem hospedeiras de bordo.”

“Fiz o sonho delas tornar-se realidade. A nossa sociedade mudou. É a evolução. Sou um pioneiro e tenho a certeza que existirão outras organizações a seguir a minha ideia.”

A Tailândia é considerada como um dos mais tolerantes países perante o largo espectro do transgenderismo. Tem uma das maiores comunidades trans e os médicos são pioneiros nas cirurgias de correcção de sexo devido ao alto número de pedidos existente.

As mulheres trans são muitas vezes referidas como “o terceiro sexo” ou como “Katoeys”, que algumas vezes é visto como um termo pejorativo. Algumas preferem somente os tratamentos hormonais e viverem no seu género devido ao alto grau de risco das cirurgias poderem correr mal.

Algumas celebridades são transgéneros, e algumas escolas instalaram WCs especiais para o “Terceiro sexo” depois de descobrirem que uma larga porção dos estudantes os queriam.

As hospedeiras trans foram escolhidas segundo critérios de se “moverem como mulheres” e terem uma voz feminina. Tiveram treino de segurança aérea, maquilhagem e serviço de bordo.

O Telegraph reportou que, apesar de usarem placas identificadoras com cor dourada, diferente, poucos passageiros conseguiram distinguir as hospedeiras trans da restante tripulação cisgénera.

Anut Pruksuwat, um passageiro, afirmou que “ainda não sei quem é uma trans. Penso que são todas muito amigáveis. Prestam um bom serviço aos passageiros.”

Chayathisa Nakmai, que fez o seu voo inaugural de Bangkok para Vientiane, no vizinho Laos, na véspera de natal, disse que sempre foi o seu sonho ser hospedeira de bordo.

"Foi sempre o meu sonho desde pequenina ser hospedeira de bordo”, afirmou, acrescentando . "Sinto-me contente e orgulhosa. Os meus pais também têm orgulho em mim. É mais difícil para mulheres trans serem hospedeiras, esta foi a primeira hipótese que tivémos para este trabalho."

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