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Quinta-feira, 31 Julho 2003 00:57

PORTUGAL
Quatro por Cento dos Portugueses Unidos de Facto



Em 2001, quase quatro por cento dos portugueses (3,7) viviam uma união de facto (hetero ou homo), quando em 1991 eram apenas dois por cento.


Se se analisar apenas o universo dos "comprometidos", sete em cada cem indivíduos optaram pela união informal; dez anos antes eram 3,9 por cento. Associado a este quadro está o aumento dos bebés nascidos fora dos casamentos formais. Em 2001, eram 23,8 por cento do total dos nados-vivos, contra os 22 por cento de 2000, ou os 9.5 por cento em 1981, revela Sofia Leitão, técnica do Instituto Nacional de Estatística (INE) num trabalho que será publicado no próximo número da Revista de Estudos Demográficos. Ou seja, as relações alternativas aumentaram, ainda que tenham um peso "muito baixo quando comparadas com outros países", e a parentalidade deixou de estar exclusivamente associada à ideia de casamento. Os filhos fora da relação oficializada já não são os "ilegítimos", que criavam uma situação socialmente condenável, mas fruto de uma opção dos casais: 75 por cento dos bebés que nasceram foram dos casamentos, dizem respeito a casais que vivem em união de facto. Já o número de casamentos religiosos e civis celebrados voltou a diminuir em 2002, registando-se menos 3,3 por cento de cerimónias do que no ano anterior, segundo divulgou esta semana o INE. Todo este quadro, acompanhado de um aumento das taxas de divórcio (há dois anos havia 1,8 divórcios por cada mil habitantes, quando em 1981 eram apenas 0,7), leva alguns autores a falar de "crise da família". Já Sofia Leitão considera antes que a organização familiar pode estar a mudar, mas isso não significa a sua desagregação. "Outros modelos ou tipos de família passaram a estar presentes", diz, mas a vida em casal continua a ser mais atractiva do que a solitária.

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