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Quinta-feira, 30 Maio 2019 11:42

EUA
Nova York terá monumento de ativistas transgéneras



As ativistas transgéneras Marsha P. Johnson e Sylvia Rivera serão recordadas com um memorial em Nova York.


As duas mulheres transgéneras de cor lideraram a insurreição contra as rugas homofóbicas da polícia em Stonewall Inn, um evento que teve um impacto determinante na luta pela igualdade LGBT+.

Rivera (que era negra) e Johnson (que era latina) também fundaram a organização STAR, ou Street Transvestite Action Revolutionaries, um grupo dedicado a ajudar jovens drags sem abrigo, jovens homossexuais e mulheres de cor trans que tenham sido rejeitados pelas famílias.

A apresentação do monumento marcará o 50º aniversário dos Motins de Stonewall e uma localização possível será o Ruth Wittenberg Triangle, um pequeno parque em Greenwich Village a poucos metros do Stonewall Ill, segundo o New York Times. A cidade vai agora começar o processo de encontrar quem crie o monumento e definir a localização precisa. Espera-se que o monumento possa ser inaugurado em finais 2021.

A cidade de Nova York identificou uma falta de diversidade de género nos monumentos da cidade e esta iniciativa vai também no sentido de corrigir essa situação. Segundo a câmara municipal este será um dos primeiros monumentos do mundo dedicado a pessoas transgéneras.

A primeira-dama de Nova York, Chirlane McCray, explicou em entrevista:

O movimento LGBT tem sido retratado como um movimento masculino gay branco.
Este monumento contraria essa tendência de branquear a história
 Chirlane McCray

Os Motins de Stonewall em 1969, foram liderados por Johnson e Rivera.

Em 28 de junho de 1969, a polícia fez mais uma rusga no The Stonewall Inn por violações da lei do álcool e outras transgressões. Como era normal na época a polícia tinha uma acção intimidatória e há vários relatos de chantagem sobre os clientes em que os agentes recebiam dinheiro em troca de não divulgarem publicamente a identidade das pessoas no bar.

Johnson, conhecida pelo seu ativismo enérgico e pela defesa de pessoas queer e profissionais do sexo, foi uma das primeiras pessoas a resistir à intimidação da polícia no bar, e há rumores de que teria sido Rivera a atirar a primeira garrafa contra a polícia. O motim explodiu quando a ativista lésbica Stormé DeLarverie foi atacada pela polícia por dizer que as suas algemas estavam muito apertadas.

Outros clientes do Stonewall Inn atiraram garrafas, moedas e outros itens contra a polícia, enquanto as pessoas no interior do bar eram detidas.

Marsha Johnson nasceu em 1945 numa cidade na Nova Jersey nos arredores de Nova York e já com 5 anos começou a usar vestidos. Mas a sua família não via a situação com bons olhos e foram precisos muitos anos até aceitarem a ideia de que existem diferentes formas de expressar o género de cada um. Com o tempo ela optou por um visual mais dramático e chegou a ser fotografada por Andy Warhol em 1975 numa série de fotos dedicadas a drags na cidade.

Rivera, nasceu em 1951 de pai porto-riquenho e mãe venezuelana, e tinha apenas 11 anos quando começou a viver sozinha na cidade de Nova York ganhando a vida como trabalhadora do sexo. Marsha foi a primeira amiga que fez na cidade e a foi "como uma luz na minha vida", segundo palavras de Rivera numa entrevista em 1995.

EUA: Nova York terá monumento de ativistas transgéneras

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