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Sábado, 30 Maio 2009 01:21

PORTUGAL
Homossexuais da PSP já podem "sair do armário"



Sindicato cria grupo para ajudar polícias gays e lésbicas. Pedidos de apoio de agentes já começaram a surgir


Esclarecer e apoiar os profissionais da PSP, discriminados pela sua orientação sexual. São dois dos objectivos do IXY, grupo criado pelo Sindicato Unificado da Polícia, que antes da ser apresentado já tem pedidos de ajuda.

Existem em Inglaterra, Espanha ou Holanda e já constituíram a 'European Gaycop Network' [Grupo de Trabalho de Polícias Homossexuais Europeus]. Chegou agora a vez de Portugal juntar-se àquele leque de países com a criação do Grupo de Trabalho Identidade XY, estrutura do Sindicato Unificado da Polícia (SUP), cujos os objectivos passam por apoiar polícias homossexuais alvo de discriminação dentro da PSP e sensibilizar a própria estrutura daquela força de segurança.

O IXY e os membros que o constituem são apresentados publicamente hoje à noite, no Pinguim Café, no Porto, durante o seminário 'A (in)visibilidade da homossexualidade na PSP - o início de uma longa caminhada'.

Segundo Peixoto Rodrigues, presidente do SUP, o grupo não só conta já com alguns casos identificados de alegadas represálias sofridas por agentes, devido à sua orientação sexual, como desde que é conhecido o email do IXY [sup.ixi@sup.pt] os pedidos de ajuda têm surgido, até de profissionais de outras forças como a GNR ou o Exército.

"O nosso sindicato não aceita que haja discriminação de qualquer tipo dentro da PSP. O grupo preenche uma lacuna que existia e segue outros exemplos europeus", disse, ao JN, Peixoto Rodrigues que, sem dados estatísticos sobre o tema dentro da corporação, revelou um último episódio na instituição: "um agente que, por frequentar o meio homossexual, foi mudado de serviço".

Ao JN, o coordenador do IXY, Belmiro Pimentel, agente principal no Comando do Porto, explicou que o grupo surgiu após um estudo sociológico sobre a homossexualidade na PSP, realizado por outro um agente daquele comando, Ricardo Gouveia.

"Algumas mentes não vão entender a importância dos direitos dos profissionais homossexuais. Mas se não houver o exemplo dentro da PSP, como se pode garantir o respeito lá fora, pelos cidadãos LGBT [lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros]?", questionou o agente que, há cerca de sete anos, deixou de esconder a sua homossexualidade. "Não se sabe se há mais gays ou lésbicas na PSP, apesar de existir o mito que a homossexualidade é mais feminina", adiantou, por outro lado, Ricardo Gouveia, a realizar uma tese sobre estudos do género na Universidade do Minho.

Além dos dois agentes, o IXY é ainda formado por João Paulo, do site 'Portugalgay'. "Há que sensibilizar as chefias de que os homossexuais já lá estão e são tão válidos quanto quaisquer uns e não podem estar, muitas vezes, sujeitos a piadas. E é necessária a formação de policias, tal como existe para a 'Escola Segura' ou casos de violência doméstica, para o 'modus operandi' empregue em pessoas GLBT", frisou aquele activista.

PORTUGAL: Homossexuais da PSP já podem "sair do armário"

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