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Quinta-feira, 29 Maio 2014 10:32

EUA
Maya Angelou morre aos 86 anos



Nascida com o nome Marguerite Ann Johnson em St. Louis, Missouri a 4 de abril de 1928, morreu esta quarta-feira na sua casa em Winston-Salem, Carolina do Norte.


A poeta, professora e incansável defensora dos direitos civis vinha a sofrer de diversos problemas de saúde, incluindo problemas cardíacos.

Angelou não escondia que tinha tido uma vida muito complicada, nomeadamente por ter crescido como uma mulher negra no Sul dominado pelas leis raciais, mãe solteira na adolescência, e vítima de violência sexual quando tinha apenas sete anos. No entanto, teve uma vide preenchida. Foi bailarina, cantora de calypso, a primeira condutora de eléctrico Afro-americana em São Francisco, e ainda atriz de teatro nomeada para um Tony e dramaturga, tudo antes de fazer 40 anos. Apesar de nunca ter concluído a faculdade, era uma professora distinguida, tendo obtido mais de 30 títulos honoris causa e tendo sido professora de Estudos Americanos na Wake Forest University em Winston-Salem. Entre outros prémios, recebeu um Grammy para Melhor Álbum Falado em 2002, a Medalha Lincoln e o Prémio Norman Mailer, assim como nomeações para os Tony e para o Pulitzer.

Falava sete idiomas, foi editora de uma revista no Cairo, assistente administrativa no Gana e convidada frequente em vários programas de emissão nacional nos EUA, desde o Oprah Winfrey Show até à Rua Sésamo.

O tom sem medo e poderoso com que lutava pelos direitos civis, fosse na luta pelos direitos das mulheres, educação ou nos últimos anos pela igualdade para as pessoas LGBT, fez com que o atual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, lhe concedesse a maior honra civil do país em fevereiro de 2011, a Medalha Presidencial da Liberdade.

Já na tomada de posse de Bill Clinton, em janeiro de 1993, Angelou foi a Poeta Inaugural, lendo o poema "On the Pulse of the Morning", sendo essa a primeira vez que a palavra "gay" foi pronunciada numa tomada de posse de um presidente.

Em 1996, ao falar para uma multidão de 4000 pessoas, Angelou afirmou que acreditava na humanidade de todas as pessoas, independentemente da raça, género ou religião. Em 2009, numa entrevista ao New York Times, afirmou "Amar alguém exige muita coragem, e quanto mais é preciso quando se ama alguém do mesmo sexo e as leis dizem "Estás proibido de amar esta pessoa?".

Os seus livros, poemas, discursos e estudos são, e vão com certeza continuar a ser, uma fonte de inspiração e conforto para as pessoas, LGBT e não só, que procuram um mundo mais aberto, mais esperançoso, mais humano.

O amor não reconhece barreiras. Salta obstáculos, ultrapassa cercas, penetra paredes para chegar ao seu destino cheio de esperança. 

EUA: Maya Angelou morre aos 86 anos

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