O documento, ontem apresentado, diz que "o uso de armas de fogo foi controverso em diversas ocasiões", que houve espancamentos e ofensas verbais "baseados em critérios de orientação sexual e raciais" e que se verificou a "falência das autoridades na salvaguarda da segurança dos prisioneiros". Nas duas páginas e meia dedicadas a Portugal, são identificadas cinco situações consideradas graves: os maus tratos por parte de agentes, os disparos policiais, as mortes sob custódia da polícia, as prisões e o racismo. Citam-se relatos de maus tratos no momentos da detenção e nas esquadras que, diz o relatório da Amnistia Internacional, tiveram como alegadas vítimas "crianças, mulheres e pessoas de minorias étnicas". Em alguns casos, denuncia a AI, "foram dificultadas as tentativas de apresentação de queixa contra a polícia por parte das vítimas". [...] É citado o caso de duas mulheres, Mónica Godinho e Cláudia Domingues, que disseram ter sido agredidas com bastões numa esquadra da PSP (Polícia de Segurança Pública) em Cascais, para onde foram levadas após um acidente de viação. Terão ocorrido ofensas verbais devido à sua orientação sexual.
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