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Terça-feira, 26 Novembro 2019 15:07

HAITI
Proeminente ativista queer encontrado morto após ameaças de violência



Charlot Jeudy, presidente de uma das principais organizações LGBT+ do país, foi encontrado morto, após anos de ameaças contra ele.


Charlot Jeudy, defensor dos direitos LGBT+ de longa data, foi encontrado morto esta segunda-feira (25 de novembro) na sua casa em Port-au-Prince, capital do Haiti reporta o PinkNews. De acordo com sua amiga Geraldine Clair Museau, que falou à Associated Press, não ficou claro imediatamente como ele morreu e a polícia não respondeu a pedidos de comentários. A organização de direitos humanos Outright disse que as circunstâncias de sua morte eram "suspeitas" e que temia que pudesse ter sido um crime de ódio, pois Jeudy tinha recebido "telefonemas ameaçadores e anónimos", conforme explicam em comunicado de imprensa.

Embora a causa da morte ainda não tenha sido confirmada, tememos que faça parte de um padrão de violência anti-LGBT+ em curso no Haiti, potencialmente focado em pessoas visíveis dentro das organizações LGBT+.
Pedimos à polícia que realize uma investigação imediata, credível e transparente sobre a morte de Charlot Jeudy.
 Jessica Stern, OutRight Action International

Jeudy era o líder do grupo conhecido como Kouraj ("coragem") uma das mais importantes organizações de direitos LGBT+ do Haiti. Em 2016, Jeudy foi forçada a cancelar um festival celebrando a comunidade LGBT+ afro-caribenha depois de inúmeras ameaças de violência. Apesar das ameaças, Jeudy prometeu continuar lutando contra a discriminação, escrevendo no site de Kourag: “Diante de estigmatização, violência e insultos permanentes e brutais, muitos de nós - se não a totalidade - perdemos a esperança de ver nossa dignidade respeitada. É precisamente por isso que eu continuo a lutar."

A atividade sexual entre pessoas do mesmo sexo é legal no país desde 1986, mas a violência contra a comunidade LGBT+ continua. A comunidade de gays e lésbicas neste país de 10 milhões de habitantes é pequena e, durante muito tempo permaneceu oculta por causa da forte oposição social e pelo medo de violência física e perda de emprego.

A Embaixada dos EUA em Port-au-Prince também emitiu um comunicado:

Lamentamos profundamente a perda de um incansável defensor dos direitos humanos e da igualdade no Haiti e acreditamos que sua memória permanecerá nos valores e princípios. a que ele dedicou sua vida. Oferecemos nossas sinceras condolências a seus amigos, familiares e colegas. Embaixada dos EUA em Port-au-Prince

HAITI: Proeminente ativista queer encontrado morto após ameaças de violência

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