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Domingo, 26 Agosto 2018 10:38

EUA
Morreu John McCain, um político conservador mas com historial de apoio LGBT+



John McCain, o senador do Arizona e ex-candidato presidencial, morreu aos 81 anos de idade de cancro.


O diagnóstico de glioblastoma agressivo tinha sido feito há mais de um ano, e há poucos dias atrás a família revelou que McCain tinha decidido não continuar o tratamento.

McCain foi durante muitos anos adverso aos direitos LGBT+ com pontuações baixas na avaliação dos membros do Congresso pela ONG Human Rights Campaign, mas mais recentemente tornou-se num claro defensor das questões LGBT+, embora mantendo em geral os seus princípios políticos alinhados com a ala "conservadora".

Pouco depois de ter perdido as eleições presidenciais para Barack Obama, em 2008, ele classificou como "um dia triste" a medida do Presidente Obama de acabar com a política "não pergunte, não diga" que proibia pessoas abertamente LGBT servirem nas forças armadas dos EUA.

Opôs-se a uma emenda constitucional federal para proibir o casamento equalitário, defendendo que a questão deveria ser tratada a nível dos estados, mas apoiou várias medidas estaduais nesse sentido como no caso da Proposition 8 na Califórnia, em plena campanha contra Obama.

Eu apoio os esforços do povo da Califórnia em reconhecer o casamento como uma instituição única entre um homem e uma mulher, assim como fizemos em meu estado natal, Arizona McCain, 2008

Mas algumas pessoas evolvem, tal como evolve a sociedade e a polícia, e seis anos depois negou o seu apoio a um projeto de lei de gastos de defesa que teria colocado em risco a ordem executiva de Obama que bania a discriminação contra pessoas LGBT a nível federal. E também apoiou Eric Fanning, que Obama indicou para ser o responsável máximo da administração pelo Exército, e que é um homem abertamente homossexual. Eric Fanning foi confirmado pelo Senado para a posição.

Da mesma forma McCain foi um forte crítico das tentativas de Donald Trump de proibir as pessoas trans de servirem nas forças armadas:

Qualquer membro do exército que atenda aos padrões médicos e de prontidão deve ser autorizado a servir - incluindo pessoas trans McCain, Setembro 2017

E não se ficou apenas pela crítica, subscrevendo medidas legislativas nesses sentido.

Escreveu um artigo em 2013 para o site russo Pravda.ru condenando a homofobia de estado da Rússia. E também nesse ano votou a favor de uma Lei de Não-Discriminação no Emprego, incluindo pessoas LGBT+, mas que ainda não se tornou lei.

Quer a sua esposa, Cindy, como a sua filha Meghan têm sido fortes defensoras públicas das questões LGBT.

John McCain era Senador do Arizona desde 1986, tendo sido eleito depois de cumprir dois mandatos na Câmara dos Deputados dos EUA. Nasceu numa família com uma forte história de serviço militar (tanto o pai como o avô foram Almirantes), e continuou essa tradição, graduando-se na Academia Naval dos EUA em 1958. Tornou-se aviador naval e voluntariou-se para o combate durante a Guerra do Vietname. Foi capturado pelos norte-vietnamitas quando o seu avião foi abatido em 1967, pouco depois de ter sobrevivo a um incêndio grave num porta-aviões que matou 134 marinheiros, e passou cinco anos e meio como prisioneiro de guerra. Serviu na Marinha até 1981.

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