Contra a lei vigente e sem qualquer autorização algumas centenas de manifestantes LGBT fizeram um pequeno comício na cidade de Moscovo, mas não estavam sós, uma vez que a oposição a estas manifestações, também algumas dezenas trajados de forma tradicional russa e carregando símbolos religiosos, estiveram no local contando hinos e passagens bíblicas.

As manifestações LGBT estão proibidas na Rússia, tendo o governo de Putin alegado para esta proibição que se trata de “propaganda homossexual” susceptível de influenciar menores.

Foram aliás estas mesmas alegações que em São Petersburgo, permitiram a instauração de processos às cantoras Madonna e Lady Gaga quando estas passaram por esta cidade em concerto, embora depois não tenham avançado nos tribunais.

Foram detidas cerca de trinta manifestantes quer LGBTs quer da contra manifestação, quando se concentravam frente ao edifício do parlamento russo.

Um simpatizante das pessoas LGBT disse tratar-se de uma afronta e um ultraje a proibição destas manifestações, mas ao mesmo tempo congratulava-se pelo modo pacífico como as coisas se desenrolaram, referindo-se especificamente aos recentes eventos violentos na Geórgia.

Já Galina Kovtun, outra manifestante LGBT, disse ser “nojento e injusto” proibir a manifestação. Dizia ela que embora se diga que existe liberdade de expressão na Rússia tal não se verifica, fazendo uma referência ao artigo 31º da constituição russa, que defende a liberdade de assembleia.

No mesmo dia a vizinha Ucrânia dava o sinal de abertura com a primeira manifestação LGBT do país devidamente autorizada e protegida pelas autoridades.