A criança, que não foi identificada, recebeu tratamento assim que nasceu e se descobriu que tinha sido infectada pelo vírus. O tratamento anti-retroviral foi realizado durante 40 semanas em 2007.
Os médicos disseram que, desde esse estímulo de tratamento, a criança não precisou de qualquer outra atenção médica para o vírus nos últimos oito anos e meio.
Embora o VIH esteja indetectável num exame normal, um exame específico às suas células imunes concluiu que o VIH ainda lá está mas, por enquanto, num estado adormecido. Os médicos não sabem se poderão ser necessários novos tratamentos no futuro. Este pode ser um importante passo para encontrar uma cura para o VIH.
Mas a explicação não está apenas no tratamento precoce, os médicos acreditam que há algum outro factor que leva ao sucesso impressionante do tratamento nestas crianças, incluindo possíveis ajuda da genética da criança.
Os dois outros casos de crianças na mesma situação aconteceram em França e nos EUA.
No caso da criança dos EUA o tratamento foi iniciado um dia após o nascimento e o VIH ficou indetectável durante mais de 2 anos.
O outro caso foi de uma criança francesa que viveu 11 anos sem necessidade de tratamento adicional.
Este relato é realmente interessante no sentido que contribui para o nosso conhecimento sobre o que pode ser conseguido com um tratamento muito precoce em lactentes.
A terapia precoce do VIH, em crianças e adultos, mostrou reduzir alguns dos danos ao sistema imunológico que o vírus causa nas primeiras semanas e meses de infecção. Se pudermos entender melhor este mecanismo, esperamos conseguir novas estratégias de tratamento e, talvez um dia, uma cura.
São necessários mais estudos, mas este caso acrescenta a esperança de que, um dia, possamos prevenir a necessidade de uma terapia ao longo da vida com um tratamento inicial de curta duração. Por enquanto, no entanto, o diagnóstico precoce e o tratamento ao longo da vida para o VIH continuam sendo as nossas melhores opções para combater a epidemia Michael Brady, Terrence Higgins Trust
