As conclusões, foram reveladas segunda-feira numa sondagem realizada a 35000 adultos, pode ser tomado como um sinal positivo do crescimento da tolerância religiosa, aprova que os americanos não sabem ou não querem aceitar os supostos princípios base das suas próprias religiões, ou ainda que a imagem passada pela hierarquia das religiões é muito diferente das crenças efectivas dos seus membros.

Entre os mais impressionantes números da sondagem, realizada no ano passado pelo Fórum Pew sobre Religião e Vida Pública: 57 por cento dos membros da Igreja Evangélica disseram acreditar que muitas outras religiões pode levar à vida eterna, uma contradição com os textos tradicionais evangélicos.

No global, 70 por cento dos americanos com uma afiliação religiosa partilharam esse ponto de vista, e 68 por cento disse que há mais de uma verdadeira forma de interpretar os ensinamentos de sua própria religião.

Os dados confirmam que os norte-americanos são muito religiosos: 92 por cento acreditam em Deus, 74 por cento acreditam na vida após a morte e 63 por cento dizem as suas escrituras respectivas são a palavra de Deus.

Mas uma análise mais detalhada conclui que mais de um em cada quatro auto-identificados como católicos romanos, protestantes e ortodoxos manifestaram algumas dúvidas quanto à existência de Deus, como o fizeram seis em cada dez judeus.

Mais do que os outros grupos, são os católicos norte-americanos os que mais se afastam da sua hierarquia, e não apenas em questões como o aborto e a homossexualidade. Apenas seis em cada 10 católicos descrevem Deus como "uma pessoa com quem alguém pode ter uma relação" – que é apresentado pela hierarquia -, enquanto três em cada 10 descrevem Deus como uma "força impessoal."

E não são só os religiosos que desafiam a lógica: 21 por cento dos que se afirmaram ateus disseram que acreditam em Deus ou numa entidade universal, com 8 por cento de "certeza absoluta" da existência de tal entidade.