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Quinta-feira, 23 Maio 2019 16:54

CINEMA
Relatório GLAAD revela aumento de filmes inclusivos LGBT+ em 2018



A inclusão LGBT+ subiu para 18%, mas as questões T continuam fora dos planos dos grandes estúdios


A ONG Norte-americana GLADD, focada nas questões de representatividade das pessoas LGBT+ nos media, apresentou o seu relatório sobre a forma como os filmes nos EUA trataram as questões de gays, lésbicas, bissexuais e transgéneros durante o ano 2018.

A associação analisou os 110 filmes lançados pelos sete maiores estúdios em 2018, e concluiu que apenas 20 (18,2%) tinham personagens LGBT+. Em comparação, no ano de 2017, apenas 12,8 por cento tinham qualquer diversidade queer.

Mas a análise para cada uma das letras da sigla LGBT+ revela uma imagem menos colorida: se bem que 11 dos filmes tinham personagens gays e 11 tinham personagens lésbicas, apenas 3 tinham personagens bissexuais e nenhum filme tinha personagens transgéneras, tal como aconteceu no ano anterior.

As personagens LGBT+ revelam também menos diversidade em termos de origem afro-americana, e uma redução para menos de metade nos latinos. Em compensação, 6 personagens LGBT+ tem origens na ásia e/ou ilhas do pacífico quando no ano anterior não havia nenhuma.

A GLADD tem feito campanhas para melhorar estes indicadores e obter uma representação LGBT+ nos filmes mais consonante com a realidade, e pedem que 20% dos filmes tenham personagens LGBT+ até 2021, e que metade tenham personagens até 2024. Quatro estúdios já atingiram o primeiro objetivo em 2018: 20th Century Fox (40%) , Universal Pictures (30%), Warner Brothers (22%) e Paramount Pictures (20%).

O Teste Vito Russo

Mas uma coisa é ter personagens LGBT+, outra coisa é ter personagens LGBT+ significativas. A GLADD usa um teste simples, que identificou como "Vito Russo Test" (autor de "The Celluloid Closet") para identificar uma representação adequada das personagens LGBT+ nos filmes:

- o filme tem de ter uma personagem que seja identificável como LGBT+;

- a personagem não pode ser apenas ou maioritariamente definida pela sua orientação ou identidade de género;

- a personagem tem de fazer parte do enredo de forma a que a sua remoção teria impacto no mesmo.

Dos 20 filmes com personagens LGBT+, apenas 13 (65%) passam os três requisitos do teste em 2018. Os diversos produtores foram também classificados com este princípio.

Resultados por estúdio

Do lado dos produtores com classificação de Bom, temos a 20th Century Fox, graças a filmes como Bohemian Rhapsody, Deadpool 2, Love, Simon e Red Sparrow (A Agente Vermelha); a Universal Focus conseguiu a classificação com filmes como Blockers (Os Empatas), Green Book, Mamma Mia! Here We Go Again, Night School e Truth or Dare.

Seguem-se os produtores com Insuficiente, como a Paramout Pictures , com avaliação positiva apenas em Action Point e Annihilation (Aniquilação); Sony Columbia com avaliação positiva apenas em The Girl in the Spider’s Web (A Rapariga Apanhada na Teia de Aranha) e em Superfly; e a Warner Bros que lançou 23 filmes, cinco dos quais com personagens LGBT+, mas apenas um, Crazy Rich Asians (Asiáticos Doidos e Ricos), passou no teste.

Do lado dos maus, temos a Lionsgate que falhou o teste no seu único filme LGBT+ e, finalmente, a Walt Disney Studios lançou 10 filmes em 2018, mas conseguiu o feito de nenhum deles ter personagens LGBT+.

CINEMA: Relatório GLAAD revela aumento de filmes inclusivos LGBT+ em 2018

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