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Quinta-feira, 23 Março 2006 21:49

PORTUGAL
Lançado manual para Pessoas com o vírus da sida



Vinte anos depois do aparecimento dos primeiros casos de infecção com o vírus da sida, receber a notícia de um teste positivo "continua a ser um drama muito grande", conta Amílcar Soares. "Continua a prevalecer a ideia de que quem tem o vírus é porque não andou a fazer algo de bom." Fundador da Associação Positivo - grupo de apoio e auto-ajuda a pessoas infectadas com o vírus -, Amílcar Soares é um dos autores do livro Manual prático para a pessoa com HIV, escrito em parceria com especialistas médicos e activistas no apoio aos portadores do HIV, que ontem foi apresentado em Lisboa. A doença continua a ter um impacte discriminatório ao nível da família ou no trabalho. "Até quando vamos fazer análises somos relegados para segundo lugar", diz Amílcar Soares. "Nada mudou nestes 20 anos, salvo a terapêutica". Graças aos tratamentos, a sida tornou-se uma doença crónica com a qual uma pessoa infectada pode viver 15 ou 20 anos. "O tratamento é a diferença entre a vida e a morte", explica Francisco Antunes, do Serviço de Infecciologia do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, que, no livro, fala da importância do tratamento individualizado e apoiado. "Nem todos os infectados com o HIV têm necessidade de ser tratados. E, quando começarem a precisar de tratamento, não devem desesperar nos primeiros dias, em que a intolerância aos medicamentos é mais marcada."


Se o tratamento nem sempre é necessário, os infectados precisarão na mesma de acompanhamento médico, frisa o especialista António Vieira, do Centro Hospitalar de Coimbra, que explica o que uma pessoa com o HIV deve e pode fazer a partir do momento em que recebe a notícia com o diagnóstico.

O guia procura também informar e desmistificar os receios em torno da doença e a forma como os seropositivos devem ser apoiados. "A sida continua a despertar medos e terrores injustificados de contágio, muitas vezes baseados em crenças, má intenção e ignorância", remata Kamal Mansinho, responsável pelo Serviço de Infecciologia do Hospital de Egas Moniz, em Lisboa.

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