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Sábado, 22 Setembro 2018 09:10

PORTUGAL
Cinema Brasileiro em destaque no Queer Lisboa



Hoje, a minha crónica diária do Queer Lisboa 2018, vai desdobrar-se em duas.


A razão é simples - vi dois filmes muito bons que merecem cada um, relevo especial.

Comecei por ver a primeira de duas sessões da secção "In My Shorts", dedicada a filmes de alunos de escolas de cinematografia europeias.

Na sessão de hoje foram apresentadas cinco curtas: "Days Off", uma animação da República Checa, "Galatée à l'infinit", de um colectivo de realizadoras catalães, "Hello Cinta Pertamaku, Câmbio e Desligo", uma co-produção entre Portugal/Holanda e Brasil, "Je Fais Óu Tu Me Dis", da Suiça, e ainda "Three Centimetres", do Reino Unido.

São filmes quase todos com algo de experimental e que, confesso, não me interessaram muito - o mais curioso foi o filme da realizadora suíça Marie de Maricourt.

Depois vi um filme que me deixou estupefacto e ao qual vou dedicar a segunda crónica, sobre George Michael.

Finalmente vi o último filme apresentado da secção Longas Metragens a Concurso (vi quatro de oito), mais um filme brasileiro - "Tinta Bruta" - dos realizadores Filipe Matzembacher, Marcio Reolon.

É um filme excelente (dos que vi, só suplantado por "Sauvage"), e que confirma a fortíssima e correcta aposta dos organizadores no novo cinema brasileiro.

A história passa-se na cidade de Porto Alegre e a personagem principal é Pedro, um jovem gay, muito fechado em si mesmo e que ganha a sua vida fazendo shows eróticos num chat para esse efeito, e onde tomou o nome de "NeonBoy", devido a pintar o corpo com tintas fluorescentes. Com o decréscimo de assistentes que lhe diminui os ganhos, descobre que há outro rapaz que usa o mesmo sistema de apresentação e que o prejudica.

Quando se encontra com ele, combinam apresentar-se na sala de chat em duo, dividindo os lucros, mas também se apaixonam.

Sucede que Pedro tem um processo em tribunal por violência e com a partida do seu amigo para a Europa, a juntar à ida para o norte do país da irmã com quem vivia e arranjando ainda mais problemas, vê-se num beco sem saída - ou vai pelo pior caminho, o suicídio, ou tenta dar a volta por cima, que é o sinal de esperança que o final do filme nos mostra.

Mais um filme muito forte, também sem concessões que nos mostra um Brasil multifacetado, com viveres e culturas diferenciadas, um grande país, que infelizmente caminha em termos políticos para um imenso abismo.

Filme excelente.

PORTUGAL: Cinema Brasileiro em destaque no Queer Lisboa

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