O apresentador de TV Mohamed al-Gheiti, apresentador da emissora de televisão LTC, foi acusado de promover a homossexualidade e o desprezo à religião após a entrevista no ano passado, informa o SBS News. O apresentador, que se manifestou contra pessoas gays no passado, foi condenado a 12 meses de prisão numa audiência este domingo (20 de janeiro), segundo uma fonte judicial.

Al-Gheiti também foi multado em 3.000 libras egípcias (cerca de 150 euros) e ficará sob vigilância por um ano após sua libertação, segundo Samir Sabri, o advogado que o levou ao tribunal. A decisão pode ser alvo de recurso, suspendendo a pena de prisão até ao resultado do mesmo.

Em agosto de 2018, al-Gheiti entrevistou um homem gay na sua emissora de TV privada para discutir a homossexualidade. O rosto do entrevistado foi escondido durante a entrevista para preservar o seu anonimato e ele disse que era um profissional do sexo, e que tinha um relacionamento com outro homem.

Como resultado da entrevista o canal de televisão foi suspenso durante duas semanas pelo Conselho Supremo de Regulamentação de Mídia, referindo "violações profissionais". O Conselho detalhou que o canal violou a decisão de "proibir o aparecimento de homossexuais ou a promoção de seus slogans". Esta proibição incluía símbolos como a bandeira LGBT após um concerto no Cairo em que a bandeira arco-iris foi mostrada na assistência.