"Está a bombar". É a frase mais ouvida no meio da confusão. Jovens, idosos e crianças perderam as idades e deixaram contagiar-se pela agitação que depressa alastrou ao Porto. À passagem da ponte Luís I, os sorrisos nas caras constrastavam com esgares do primeiro cansaço. A festa estava apenas a começar [terminou domingo às 14 horas] e as pernas já perdiam alguma energia. Sempre a andar, sempre a dançar, durante 22 horas. Os trinta camiões, que desfilaram em caravana até ao Castelo do Queijo, abanavam com os pulos daqueles que vibravam ao som da música, partilhando acenos para as lentes das máquinas e câmaras. Em volta do camião do clube "Champagne", juntavam-se centenas de olhares satisfeitos com o espectáculo insinuante e gratuito de corpos femininos meio despidos a bambolear. Drag queens vestidos a rigor na festa da discoteca Hit, beijos e carícias no camião Boys'r'us, jovens divertidos ao som da Nova Era ou Rock's. Um espectáculo de animação proporcionado por uma enorme e agitada massa humana. "É a terceira vez que venho e está cada vez melhor", gritava Marta, 27 anos, tapando os ouvidos, com uma cerveja em cada mão, piercing no queixo e barriga tatuada, num esforço para se alhear do frenesim que a rodeava. Perdeu os amigos, mas "não há problema.Ainda faltam muitas horas..."
[Ver Foto Reportagem PortugalGay.PT em: www.portugalgay.pt/news/elektro2003/ ]