“O Uganda é um país soberano e não se vai vergar a ninguém ou ser chantageado por ninguém devido a uma decisão tomada na defesa dos seus interesses, mesmo que isso envolva o corte de toda a ajuda financeira.” adiantou o porta-voz do governo, adicionando também que o Uganda não tinha sido notificado da decisão e das sanções dos Estados Unidos.

No dia 19 de junho a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional norte-americano Caitlin Hayden disse que a lei do Uganda vai contra os direitos humanos universais e complica a relação bilateral entre os países. Disse também que os Estados Unidos estão à procura de reforçar o apoio aos direitos humanos de todos os habitantes do Uganda, independentemente da sua orientação sexual ou identidade de género.

O presidente Barack Obama já tinha avisado o presidente Yoweri Museveni antes da lei ser assinada que essa atitude iria complicar as relações entre os países. A lei homofóbica pune o sexo homossexual e o casamento homossexual com prisão perpétua, e 7 anos de prisão para qualquer pessoa que “ajude, esconda ou tente fazer parte de atos de homossexualidade”. A “promoção da homossexualidade”, incluindo as instituições de defesa dos direitos de pessoas LGBT, são também puníveis com até 7 anos de prisão.

As sanções aplicadas pelos EUA incluem o corte de ajudas humanitárias e o barramento da entrada no país de qualquer oficial responsável pela introdução da lei no Uganda.