No entanto, não se espera que a legislação, que tem o apoio do governador Eliot Spitzer, entre brevemente em vigor, dado que o Senado estadual, controlado pelos republicanos, não a irá sancionar.
Joseph Bruno, o líder da maioria no Senado, comentou que, «com toda a certeza, não vamos ter casamentos gay esta semana, nem este ano».
Ao iniciar o debate, o representante por Manhattan Daniel O`Donnell, irmão da apresentadora de televisão Rosie O`Donnell e ambos homossexuais, disse no plenário que as uniões civis que existem noutros estados não são o suficiente: «Não dão igualdade a pessoas como eu».
Mas não conseguiu convencer vários deputados.
O republicano Brian Kolb afirmou que não podia aceitar a legalização. Isto devido «ao que as freiras me ensinaram na instrução primária» e aos votos do seu casamento católico.
«Sinto-me ameaçado. Sinto-me maltratado. É um desafio directo para mim e para a minha educação», comentou.
O democrata Dov Hikind, democrata do Brooklyn que é judeu ortodoxo, avisou que a medida poderá levar a outras propostas que não poderá aceitar: «Talvez devessemos incluir o incesto na proposta de lei e resolvermos todas as questões de uma vez para sempre».
Mas outros, como a republicana Teresa Sayward, de Glens Falls, recorreram ao seu caso pessoal. No caso dela, o filho é gay e tem lutado toda a sua vida por ser considerado normal. «Consultemos os nossos corações e façamos o que é correcto», exortou ela.
No meio do debate, o democrata Matthew Titone, de Staten Island, agarrou no telemóvel e disse: «Tenho o meu companheiro ao telefone a perguntar-me se aceito casar com ele. A minha resposta é sim».
Nos Estados Unidos, os casamentos gay são legais apenas no Massachusetts. Outros estados, como a Califórnia, Vermont e Nova Jérsia, legalizaram as uniões civis entre pessoas do mesmo sexo.