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Segunda-feira, 21 Maio 2012 22:20

PORTUGAL
Um olhar para os direitos humanos das pessoas LGBT, no Porto



Realizou-se hoje na Faculdade de Psicologia, uma conferência organizada pelo projeto Porto Arco-íris, sobe o tema: Conferência Direitos Humanos das Pessoas LGBT: de Yogyakarta ao Porto.


A sessão com os atrasos de praxe lá começou com o presidente da ILGA Portugal, Paulo Corte-Real, a dar as boas vindas a todas e todos, e agradecer as entidades e pessoas que tornaram possível mais uma iniciativa do Porto Arco-íris, um projecto da ILGA Portugal especificamente vocacionado para a cidade.

Nesta mesa estava ainda Daniel Coelho, coordenador de projetos da Fundação Porto Social, que realçou a importância de iniciativas como esta, e de que nem tudo se passa no Porto, e José Alberto Correia, Diretor da FPCEUP, que não escondeu a satisfação de a faculdade que representa ter sido o espaço escolhido para o evento.

Depois da sessão de abertura duas mesas se seguiram, a primeira, “Direitos Humanos das Pessoas LGBT”, onde os convidados Marta Ramos, jurista, nos apresentou os princípios estabelecidos no documento que saiu da reunião de diversos intelectuais na área da luta dos direitos humanos em Yogyacarta na Indonésia, aproveitando para não só realçar a importância do documento que é apenas sugestivo, mas que devemos todos e todas e principalmente aqueles que mais responsabilidades tem na defesa dos direitos humanos de tornar o mesmo documento, vinculativo.

Por sua vez Jorge Gato, investigador, fez uma apresentação mais baseada no seu trabalho de investigação, situando geograficamente o seu discurso em Portugal, e mostrando o que muito há ainda por fazer para alterar mentalidades nomeadamente nas áreas da justiça, onde ainda se apresentam acórdãos conservadores e homofóbicos, mas também na saúde onde mostram que a classe médica não reconhece por exemplo as questões sexuais e reprodutivas das mulheres lésbicas, e que por isso ora são ignoradas, ora hostilizadas.

Depois de um pausa para o café animada e onde oradores e oradoras aproveitaram para conviver com a audiência, seguiu-se a mesa “Políticas de Igualdade: de Yogyakarta ao Porto”, onde se esperava uma maior representação política, tendo sido convidados todos os grupos parlamentares. Tal não se verificou, apenas o Bloco de Esquerda este representado mesmo tendo a sua oradora em casa por motivos de doença, não deixou de enviar alguém em sua substituição. Nuno Moniz, engenheiro de formação, mas conhecido ativista pelos direitos humanos e militante do BE, manifestou o seu agrado pelos pequenos grandes passos que já se deram em prol de uma sociedade mais cívica, e por isso mais respeitadora, mas não escondeu que o caminho poderá estar ainda muito longe do fim, apontando a necessidade de uma educação sexual real e que na sua opinião talvez devesse começar mais cedo.

As mesas foram bastante participadas e por isso as questões foram surgindo aqui e ali, numa sala que sentiu a ausência dos estudantes daquela faculdade.

A sessão de encerramento contou também com Manuel Albano, Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade.

PORTUGAL: Um olhar para os direitos humanos das pessoas LGBT, no Porto

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