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Quinta-feira, 21 Maio 2009 09:47

EUA
Mulher processa estado por não poder estar com parceira no leito de morte



O caso aconteceu há 18 anos, mas só agora está em Tribunal. Janice Langbehn está a processar o estado da Flórida por não a deixarem acompanhar a sua parceira, Lisa Ponds, quando ela teve um aneurisma que resultou na morte.


Janice e Lisa estavam de férias na Flórida e Lisa teve um aneurisma tendo sido tratada em Miami, onde viria a falecer com 39 anos sem a companhia de Janice e as crianças adoptadas pelo casal na altura com 9, 11 e 13 anos, pese embora todos os esforços de Janice.

“Sinto uma profunda sensação de desalento por não estar ao lado da cama de Lisa quando ela morreu”, afirma Langbehn. “Não seu como poderei superar isso. Nem sei se algum dia conseguirei.”

A situação veio trazer à praça pública não só os direitos efectivos dos casais do mesmo sexo, mas também os casos de outros casais que não estão unidos pelo matrimónio, como pessoas mais idosas que optaram por não se casarem, e pessoas que têm apoio mais directo em amigos e não familiares de sangue. Não é uma questão gay ou lésbica, mas sim de família e como o estado reconhece as novas estruturas familiares que existem na realidade do dia a dia.

No estado de Washington, onde Janice Langbehn vive e trabalha, também tem outro caso simular nos tribunais. Sharon Reed vivia com Jo Ann Richie há 17 anos mas mesmo assim não teve acesso ao quarto de Jo Ann, que faleceu por falha do fígado. Uma efermeira, de uma empresa de trabalho temporário, obrigou Sharon a sair do quarto.

“Uma das coisas que a sua companheira lhe disse foi, ‘Estou com medo de morrer. Não me deixes sozinha’”, afirma Judith A. Lonnquist, advogada de Reed. “É por isso que o sofrimento foi tão grande – ela sente-se como se tivesse traído a confiança da sua companheira.”

Em ambos os casos, os casais tinham testamentos e procurações para advogados já a se precaverem com uma situação inesperada.

No caso de Janice e Lisa, Janice chegou mesmo a enviar a documentação respectiva para o hospital tendo sido recebida por fax por folta das 16:15. No entanto ninguém se dignou falar com ela sobre o estado de Lisa, excepto para se pedirem autorização para um "teste cerebral". Às 18:20 foi informada que não havia possibilidade de recupereação.

Janice teve apenas uma visita de cinco minutos enquanto um padre administrava os últimos ritos. As crianças ficaram fora do quarto. Só às 23:30 quando a irmã de Lisa chegou é que foram informadas do estado de Lisa e qual o quarto respectivo. Só à meia-noite é que as crianças poderam visitar a sua mãe. A morte cerebral foi declarada às 10:45 do dia seguinte.

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