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Terça-feira, 21 Março 2017 22:51

SIDA
Descoberto primeiro biomarcador para VIH latente



Os cientistas descobriram uma proteína única que indica a presença de VIH inativo no corpo, o que pode ajudar na descoberta de uma cura.


Descobrir os lugares ocultos onde vírus se aloja é algo que os cientistas estão a tentar fazer há décadas. Embora as modernas terapias anti-retrovirais tenham resultados impressionantes, a verdade é que ainda não foi encontrada uma forma fiável de remover o vírus permanentemente do corpo. As drogas podem manter o vírus controlado, mas o vírus instala-se em reservatórios secretos do sistema imunológico, e fica latente até que as condições lhe sejam favoráveis para ressurgir.

É por isso que as pessoas infectadas com o VIH têm de passar a vida inteira com medicamentos caros, porque o vírus pode demorar apenas algumas semanas para voltar de seu estado latente se o tratamento com drogas for interrompido. Esses reservatórios estão localizados em células imunes de longa duração conhecidas como células T. O vírus captura essas células e insere o seu material genético no DNA da pessoa, o que torna as células T reservatório extremamente difíceis de localizar.

Agora, uma equipa de cientistas franceses conseguiu alcançar este marco importante na pesquisa do VIH, ao descobrir um biomarcador que existe apenas na superfície de algumas células T que abrigam o vírus latente.

Desde 1996, o sonho foi eliminar essas células escondidas, mas não tínhamos como fazê-lo porque não tínhamos como reconhecê-las Mosef Benkira, U. Montepellier

A equipa de Benkirane, na Universidade de Montepellier, descobriu que uma proteína específica, chamada CD32a, está presente na superfície de muitas células T com uma infecção latente por VIH, mas não é encontrada nas células T não infectadas ou mesmo em células T com VIH ativo.

A quipa detectou pela primeira vez a proteína num modelo de infecção por VIH feito em laboratório, antes de passar a testá-lo como um biomarcador em amostras de sangue real de 12 pessoas que vivem com VIH e estão a receber tratamento.

No entanto a descoberta tem limitações: a proteína foi encontrada apenas em cerca de metade de todas as células T onde o virus está latente.

Tony Fauci, director do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, disse à revista Nature que um passo seguinte possível seria replicar os resultados em mais amostras de sangue de uma variedade maior de pacientes que têm o vírus.

Cerca de 36,7 milhões de pessoas de todo o mundo vivem com VIH, mas apenas 17 milhões têm acesso a terapia anti-retroviral, de acordo com dados do CDC dos EUA. Uma pessoa sem tratamento tem uma esperança de vida muito limitada, mas os últimos estudos indicam que quem está sobre tratamento tem uma esperança de vida quase idêntico ao resto da população.

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