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Terça-feira, 21 Março 2017 10:12

INTERNET
YouTube esconde vídeos LGBT e gera onda de protestos



O YouTube defendeu-se depois da decisão de esconder algum conteúdo LGBT dos utilizadores, o que provocou uma onda de polémica.


O recurso ao "Modo Restrito", introduzido pelo Google para "filtrar conteúdo potencialmente inapropriado", oculta automaticamente muitos vídeos LGBT. A opção está desactivada por padrão, mas os utilizadores podem activá-la e bloquear a configuração, tomando muitas vezes essa decisão para que as crianças não sejam expostas a vídeos ofensivos ou explícitos.

Criadores e espectadores expressaram a sua indignação durante o fim de semana, com a tag #YouTubeIsOverParty em todo o mundo.

Um dos argumentos principais é o facto de que muitas crianças não serão capazes de obter informações sobre questões LGBT através do YouTube.

Rowan Ellis, uma youtuber do Reino Unido foi uma das primeiras a iniciar a controvérsia depois de colocar um vídeo no qual ela afirmou que a atitude do YouTube implicava um "preconceito" porque equipara as questões LGBT com algo "não amigo da familia". A sua conta neonfiona, fez upload de 136 vídeos nos últimos sete anos. Pelo menos 67, quase metade não são exibidos em Modo restrito. Alguns exemplos de vídeos restringidos são "O teste da namorada com Riley Jay Dennis", "O que dizem as pessoas quando sais com bissexuais" e "Os LGBT+ australianos querem o casamento gay?" A sua história de como se assumiu também foi bloqueada para utilizadores no modo restrito.

A conta de YouTuber trans SeaineLove também descobriu que os seus vídeos estavam ocultos com o opção restrita. Não compreende a situação pois considera que os vídeos que foram escondidos são aconselhado para todas as idades.

O YouTube respondeu no Twitter: "A intenção do Modo Restrito é filtrar o conteúdo para adultos de um minúsculo subconjunto de utilizadores que querem uma experiência mais limitada. Os vídeos LGBTQ+ estão disponíveis no Modo Restrito, mas os vídeos que discutem questões mais sensíveis poderão não estar. Lamentamos qualquer confusão que isso tenha causado e estamos a ter em conta as suas preocupações."

A empresa acrescentou que estava "orgulhosa de representar as vozes LGBTQ+" na sua plataforma e que são "uma parte fundamental" do que é o YouTube.

Alguns vídeos que abordam assuntos como saúde, política e sexualidade podem não aparecer para utilizadores e instituições que optarem por usar [o modo restrito]. YouTube Twitter

A PinkNews perguntou ao YouTube duas vezes como é que a empresa decide quais os vídeos exibidos no Modo Restrito, porque é que os vídeos LGBT são frequentemente escondidos e se o YouTube não quer educar as crianças sobre questões LGBT. O YouTube não respondeu a nenhuma destas perguntas.

A declaração desta manhã não satisfez muitos usuários que ficaram frustrados com o YouTube por não levar as suas preocupações a sério.

Algumas reacções no twitter:

Se o Youtube realmente acha que a palavra gay é considerada conteúdo sensível eu não quero saber que tipo de plataforma permite abertamente pais homofóbicos Savannah Seymour @savannahseymour

Olá @TeamYouTube! Somos um canal LGBTQ+ para crianças e os nossos vídeos sobre identidade do género são bloqueados no modo restrito. Isso não nos parece bem. Queer Kid Stuff @queerkidstuff

Em Portugal o YouTube também corta...

No caso do canal YouTube do PortugalGay.pt há vários videos em modo restrito como, por exemplo, da 2ª Marcha Contra a Homofobia e Transfobia de Coimbra (em 2011).

O mesmo acontece com o canal oficial da Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa, por exemplo com o vídeo de promoção da 12ª Marcha em 2011:

INTERNET: YouTube esconde vídeos LGBT e gera onda de protestos

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