Ontem o Comité Central dos Judeus, na Alemanha, veio a terreno criticar a comparação, dizendo que "a Igreja Católica não compreendeu ou não quer compreender que não se pode comparar o aborto ao Holocausto". Palavras de Paulo Spiegel, membro daquele comité, que, citado pela AFP, acrescentou "Há uma enorme diferença entre um genocídio e aquilo que as mulheres fazem com o seu corpo."
Memória e Identidade é o quinto livro de Karol Wojtyla. A comparação entre o aborto e o Holocausto surge no contexto da uma reflexão sobre os grandes temas do século XX, em que incluiu o nazismo e o nacional-socialismo "como forças do mal" ainda presentes na Europa. A obra parte de uma conversa do Pontífice Romano com dois professores de Filosofia polacos, Krzysztof Michalski e Jozef Tischner, sobre a história e destino do velho continente.