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Terça-feira, 20 Dezembro 2005 14:21

CHINA
Governo justifica cancelamento de festival gay em Pequim



O Ministério das Relações Exteriores chinês justificou hoje o cancelamento, condenado por organizações de direitos humanos, de um festival de cultura gay em Pequim na sexta-feira passada.


"Não tenho informação sobre o incidente, mas se o Escritório de Segurança Pública agiu para garantir a ordem deve ter alguma razão", justificou hoje o porta-voz das Relações Exteriores, Qin Gang.

O "Primeiro Festival de Cultura Gay e Lésbica de Pequim", de três dias de duração, foi cancelado na sexta-feira - com grande presença de efetivos policiais - uma hora antes da inauguração.

"Os cidadãos chineses desfrutam de direitos estipulados em sua constituição, mas ao mesmo tempo têm que respeitar normas e regulamentos", acrescentou o porta-voz, ao mencionar o incidente.

O cancelamento do festival foi considerado uma "violação das liberdades básicas" e parte de uma campanha de perseguição dos ativistas que enfrentam o aumento da aids na China, segundo um comunicado enviado hoje à EFE pela organização Human Rights Watch, com sede nos Estados Unidos.

"A China continua falando de reforma política, mas o cancelamento destes atos culturais é uma recordação dos limites de sua abertura", diz o comunicado.

O festival, previsto para acontecer no distrito artístico pequinês de Dashanzi, recebeu uma proibição do Escritório de Segurança Pública para usar a área, por isso teve que ser transferido para o bar "On/Off", um dos centros de reunião de homossexuais em Pequim.

Cerca de 20 efetivos policiais entraram no bar na sexta-feira e obrigaram a esvaziar o local e a retirar o material que fazia parte da exposição (pinturas e equipamentos de projeção e som), enquanto alguns organizadores denunciaram à Human Rights Watch que foram vigiados pela Polícia.

Segundo os organizadores, a grande divulgação do festival, ao qual compareceram vários jornalistas, pode ter causado o cancelamento, já que atos semelhantes com menor divulgação já aconteceram sem problemas.

Uma pesquisa publicada em setembro revelou que até 40 milhões de homossexuais vivem na China, dos quais 21% foram agredidos, insultados ou extorquidos em algum momento devido a sua condição, embora nos últimos anos sejam cada vez mais aceitos socialmente.

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