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Domingo, 20 Fevereiro 2005 00:59

EUA
Casa Branca Acreditou Falso Jornalista como correspondente



A acreditação pela Casa Branca de um jornalista "conservador" está a tornar-se um incómodo caso político para a Administração norte-americana. O Partido Democrata e várias organizações de vigilância dos media querem que os serviços de imprensa da Casa Branca expliquem quais os seus critérios para terem acreditado Jeff Gannon, um repórter que ganhou notoriedade quando perguntou ao presidente George W. Bush, na primeira conferência de imprensa após a sua reeleição, como pretendia lidar com "os democratas que estão totalmente fora da realidade". A interpelação de Jeff Gannon fez mais do que arrepiar os jornalistas que diariamente cobrem as conferências de imprensa da Presidência, e motivou uma intensa troca de opiniões em vários dos mais procurados blogues norte-americanos de inspiração liberal. O assunto ganhou contornos de folhetim, e logo a seguir de uma autêntica telenovela, quando os autores dos blogues começaram a publicar revelações sobre o passado de Jeff Gannon. Antes de iniciar a sua actividade de repórter no jornal electrónico "Talon News" - fundado em 2003 por Bobby Eberle, activista republicano do Texas -, Jeff Gannon esteve ligado a diversos "sites" de serviços de acompanhantes homossexuais através de uma empresa sediada no estado do Delaware.


[mais detalhes sobre esta questão em: www.portugalgay.pt/blog/faq/2005_02_01_portugalgay_archive.asp#110855855140776517 no post de 16 de Fevereiro]

Nos Estados Unidos, os jornalistas têm o exercício da sua profissão condicionado pela obrigatoriedade da obtenção de credenciais emitidas pelos mais variados organismos oficiais. Uma acreditação para a Casa Branca é das mais difíceis de obter, o que vem reforçar o interesse na explicação para a aparente facilidade com que Jeff Gannon se movia na Casa Branca. Ainda mais quando se sabe que o Congresso recusou a acreditação do jornalista, por considerar que nem a sua pessoa nem o media para que trabalhava cumpriam os requisitos para a atribuição da credencial. A tese do blogue é de que a Casa Branca poderia ter motivações políticas para pactuar com a presença de Gannon. John Aravosis não acredita que a administração não tivesse meios de verificar a experiência e o passado do repórter, que justificariam no mínimo alguma cautela na concessão da credencial. O bloguer vai mesmo mais longe ao especular que esta administração não teria tendência a conceder a credencial a um acompanhante "gay". Acresce que imagens televisivas demonstram que Gannon participou em conferências de imprensa meses antes do jornal electrónico que o empregava estar registado e publicado "on-line", um facto que continua por explicar. A relação da Casa Branca com os media tornou-se alvo de particular investigação depois da divulgação dos nomes de colunistas pagos pela Administração para elogiar políticas de George W. Bush. O Partido Democrata quer que os serviços de imprensa da Casa Branca esclareçam a natureza do seu relacionamento "atípico" com Jeff Gannon. Até agora, o porta-voz do Presidente, Scott McClellan, limitou-se a dizer que as credenciais de Gannon foram atribuídas porque o jornalista apresentou provas de que representava um media de publicação regular. McClellan esclareceu ainda que a credencial foi passada em nome de James Duckert, acrescentando que desconhecia que o repórter assinava com pseudónimo, embora essa seja "uma situação normal e frequente.

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