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Sábado, 19 Março 2005 00:59

PORTUGAL
Sexo visto e falado no Porto sem preconceitos



Espanha tem conceito de sexo bem mais amplo do que Portugal, diz Alicia Galotti, autora do Kamasutra para Homens. Uma das "mentiras apresentadas como verdades" em relação ao sexo é a de que os homens estão sempre dispostos a praticá-lo e as mulheres apenas o fazem quando estão apaixonadas. "Se assim fosse, a actividade sexual seria rara", observou ontem no Porto Alicia Galotti, jornalista e escritora espanhola, autora dos livros Kamasutra para Homens e Kamasutra para Mulheres.


Galotti, que falava durante o último dia do IV Congresso Internacional Sexo, Arte e Terapia, lamentou que os media tendam a falar de sexo "como se de uma fórmula matemática" se tratasse, omitindo as diferenças. Para a jornalista, é óbvio que Espanha tem um conceito de sexo bem mais amplo do que Portugal. "Em Espanha, embora a sexualidade não seja totalmente aberta, já há bairros homossexuais, [mais] sex-shops e a mentalidade, vê-se, é mais livre", disse ao PÚBLICO. Foi sempre neste tom, sem preconceitos, que se falou de sexo durante dois dias no Seminário de Vilar, no Porto. Falou-se e mostrou-se sexo na tela, para uma audiência larga e variada. Falaram pessoas ligadas à prostituição e a filmes pornográficos, falaram médicos, magistrados e até um padre, um seropositivo e um recluso discorreram sobre o conceito. Ontem, a actriz pornográfica e socióloga da especialidade, a norte-americana Annie Sprinkle, não se limitou a falar e exibiu um documentário sobre e com sexo. "Sou uma prostituta multimédia porque quero fazer propaganda e com isto passar a mensagem para o mundo", explicou. A escritora francesa Valerie Tasso, que trocou um cargo de alta executiva em empresas multinacionais pela prostituição e escreveu o Diário de Uma Ninfomaníaca, explicou que pretende acabar com "estigmas acerca das mulheres - ou serem esposas ou serem putas". E Sandra, transsexual espanhola que participou em vários filmes de Pedro Almodovar, descreveu o "sofrimento" por que passou, mas destacou a "felicidade" que se seguiu à operação de mudança de sexo.

O congresso foi uma iniciativa do Espaço T, que trabalha em áreas como a reinserção social das prostitutas. Este ano o sexo foi o tema escolhido. "É preciso falar de sexo para não criar marginalização sexual", justificou João Oliveira, responsável pela associação.

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