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Terça-feira, 18 Março 2014 12:51

ESPANHA
Porteiros da discoteca Get Back de Barcelona em julgamento por transfobia



Dois anos e meio após os factos sentam-se no banco dos réus os porteiros da discoteca. Da parte dos agredidos só compareceram um casal trans, outras duas trans femininas, por medo, não apresentaram denúncia.


O incidente ocorreu a 30 de Outubro de 2011. Um grupo de pessoas trans, três mulheres e um rapaz, tentaram entrar na discoteca Get Back em Barcelona, situada na Carrer d'Aribau, 242. Os porteiros/seguranças do local em questão interceptaram-nos com uma atitude violenta e não os deixaram entrar. O pretexto usado para os impedir foi que estava cheio, o que não se coadunava com a realidade, visto que continuavam a entrar clientes.

O grupo trans exigiu o acesso em igualdade de condições a todos os outros clientes, o que lhes foi negado pelos acusados, recebendo entretanto um tratamento degradante e humilhante, referindo-se às mulheres trans com insultos como "travelos" ou "eles " bem alto, submetendo-os ao ridículo, zombaria e escárnio por parte da clientela que estava na fila de acesso ao local.

A situação originou nervos, lágrimas e histeria. O rapaz transexual que as acompanhava falou então com um dos guardas de segurança locais, dizendo que queriam entrar, obtendo como resposta que "eles" (referindo-se às mulheres trans) "não podem entrar, mas você pode, não queremos misturar ambientes".

O rapaz responder que "elas são mulheres trans e eu um homem trans". A contra-resposta foi um violento empurrão no peito, dizendo-lhe abruptamente, "pois agora também não entras, bicha (maricón)".

Em março de 2013, "em parte graças às ações do coordenador promotor de Crimes de Ódio e Discriminação da Catalunha, Miguel Angel Aguilar", segundo a ATA (Asociación de Transexuales de Andalucía-Sylvia Rivera), o julgamento foi realizado. Somente compareceram o rapaz trans e uma das jovens, as outras duas, por medo, não compareceram.

Da Associação de Transexuais da Andaluzia, o facto de se sentarem no banco dos réus estes indivíduos, é em si um acto de justiça pelo que exigiram "uma condenação exemplar para estes actos, que constituem delitos contrários aos princípios de igualdade e não-discriminação estabelecidos na nossa Constituição e demais normas que regem a convivência entre os cidadãos, para que nunca mais voltem a acontecer. " "A Catalunha é uma comunidade que se tem destacado como um espaço de liberdade, respeito e valorização da diversidade, de modo que condutas como estas têm que ser rejeitadas por aqueles responsáveis pela salvaguarda dos direitos fundamentais dos cidadãos, sem excepção" diz Mar Cambrollé, presidente da ATA-Sylvia Rivera.

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