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Terça-feira, 17 Setembro 2019 10:32

CINEMA
Queer Lisboa está quase a arrancar



A 23ª edição do Queer Lisboa acontece de 20 a 28 de Setembro de 2019


O Queer Lisboa já divulgou os destaques da sua programação, incluindo o Filme de Encerramento, as várias Secções Competitivas, Panorama, Secções Paralelas e Sessões Especiais, Debates e Conversas, Festas e Convidados.

Num ano em que se comemoram vários marcos, nacionais e internacionais, da história dos movimentos que reclamam o lugar das comunidades LGBTI+, a 23ª edição do Queer Lisboa quer fazer uma reflexão sobre o que significou meio século dos modernos movimentos de luta pelos direitos e dignidade destas mesmas comunidades. Desde a celebração dos 50 anos dos Motins de Stonewall aos 20 anos da Marcha do Orgulho LGBTI+ de Lisboa, este é um ano em que o festival pretende pensar as conquistas políticas e sociais que foram acontecendo nos vários cantos do globo - onde tiveram naturalmente diferentes tempos e expressões - e o que significou, e significa ainda, o activismo para a cultura queer.

O festival também quer reflectir sobre os recuos a que assistimos nestas últimas décadas, que comunidades mais beneficiaram destas conquistas e que outras se viram postas de lado, vítimas por vezes do preconceito vindo de dentro da própria comunidade queer. O que significa o activismo num mundo global cada vez menos “comunitário” e cada vez mais individualista?

Se um olhar às políticas, aos movimentos e às conquistas sociais ajudam a esta reflexão, também a cultura queer, e em particular o seu cinema, ajudam a traçar esta história, quer do ponto de vista das

suas condições de produção, quer pela escolha dos sujeitos que representa e quem teve o privilégio de ambos: representar e ver-se representado. Longe de ambicionar ter a resposta para todas estas questões, o Queer Lisboa 23 espera contribuir para uma reflexão e um debate sobre as mesmas, através da sua programação de cinema e actividades paralelas deste ano.

Esta é também uma edição em que não só as problemáticas específicas ligadas aos indivíduos intersexo, transgéneros, e não-binários, estão em destaque ao longo das várias secções, mas também onde a presença destes enquanto fazedores e pensadores de cinema é bastante notória, inclusive entre as pessoas convidadas que estarão presentes no festival.

O filme de abertura será "Indianara", filme brasileiro de Aude Chevalier-Beaumel e Marcelo Barbosa e o filme de encerramento será "Skate Kitchen", da realizadora norte americana Crystal Moselle. Não vou referir nenhum outro filme em especial (fá-lo-ei diariamente), abrindo apenas a excepção para a ante-estreia no Festival, do último filme de Vicente Alves do Ó – "Golpe de Sol".

Uma palavra especial também para a retrospectiva dedicada aos 40 anos da secção Panorama da Berlinale, (Festival de Berlim) que o Queer Lisboa 23 organiza na Cinemateca Portuguesa.

Na programação deste ano a equipa do Queer para a programação dos Queer Lisboa e Queer Porto teve em consideração mais de 1000 filmes, 490 deles recebidos como submissões, um número recorde para o festival e lá estarei para contar as minhas experiências.

CINEMA: Queer Lisboa está quase a arrancar

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