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Segunda-feira, 17 Setembro 2018 09:04

PORTUGAL
Um Inferninho no Queer Lisboa



Sinceramente hoje pensava que iria ser um dia menos bom do Queer Lisboa, e as minhas opções, tirando as "Curtas 1", foram mais ou menos um tiro no escuro...


Mas enganei-me felizmente, pois comecei por ver um dos filmes seleccionados para o tema "Moda", sobre uma personagem de quem nunca tinha ouvido falar, um famoso maquilhador americano, Kevin Aucoin, que conseguia pôr ainda mais belas as mais belas mulheres, não só "top models", como Linda Evangelista, Cindy Crawford ou Naomi Campbell, como Cher, Liza Minelli, Tina Turner e muitas outras que não só exigiam o seu trabalho como se tornaram grandes amigas dele.

Na parte final do documentário fala-se mais de Kevin e da sua vida pessoal, dado pela mãe biológica para adopção por à data do seu nascimento, ser muito nova e não ter condições de o manter, e que mais tarde ele reencontra, mas que volta a perder pois ela não o aceita como gay...

E depois é o declínio devido a uma doença no cérebro que o matou muito novo. Deveras interessante.

Das curtas programadas, não as vi todas, devido a ter ido assistir um pouco ao lançamento do livro "Queerquivo", tendo perdido "Et in Arcadia Ego" (pena) e "Phallus Malus", mas vi duas que devia ter perdido, muito más - "Mahogany Too" e "Rio de Janeiro", e mais duas bastante boas - "En Attendant", do francês Thomas Hakim, e "Shadow Animals" do sueco Jerry Carlsson.

Mas, a (boa) surpresa veio do Brasil, com um filme de um custo incrivelmente baixo, que uma companhia teatral de Fortaleza, resolveu levar para a tela, num cenário único e fechado, um bar povoado de gente estranha e que se chama "Inferninho", que deu o nome ao filme.

Realizado por Guto Parente e Pedro Diogenes, com recursos muito limitados, o filme é incrível, por culpa dos seus personagens, a começar pela dona do bar, uma mulher trans, brilhantemente interpretada pelo actor Yuri Yamamoto, e que tem entre outros, o empregado "Coelho", retirado da "Alice no país das maravilhas", da desafinada cantora , do organista mudo que a acompanha , de uma Mulher-Maravilha barbuda, um Surfista Penteado e outras figuras marginalizadas, e que ali se acolhem, na escuridão e reclusão.

O aparecimento do marinheiro Jarbas, que veio de longe, vem dar cabo da rotina do bar já que se enamora da dona do mesmo e leva a situações estranhas, que são salvas "sob a linha da meta" de um fim triste, e acabam de uma forma original, mas esperançosa.

Um filme super interessante...

Nota: esta crítica foi publicada apenas a 18 de Setembro devido a problemas técnicos

PORTUGAL: Um Inferninho no Queer Lisboa

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