Quem tenha recorrido a piercings, tatuagens, acupunctura, manicura, pedicura e tratamentos de estética em estabelecimentos "onde não seja possível assegurar a segurança do material injectável" deve ser rastreado para a hepatite C, defendeu o professor da Faculdade Medicina de Lisboa, Rui Tato Marinho no Fórum Hepatite C, que decorreu ontem em Sintra. O Plano Nacional de Saúde, um documento oficial que aponta prioridades no combate às doenças, prevê mais de 100 estratégias nacionais para patologias como rubéola, a poliomielite e o sarampo, mas não existe um plano de combate à hepatite C, criticou Tato Marinho. A patologia deverá afectar 150 mil portugueses - este vírus é quatro vezes mais frequente e dez vezes mais infeccioso do que o vírus da sida, explica o especialista. O grosso dos infectados são toxicodependentes, mas cerca de 40 por cento de novos casos não são consumidores de drogas injectadas, referiu o especialista. Embora sejam "casos mais raros", Tato Marinho chama atenção para a necessidade de envolver neste combate associações ligadas à manicura, pedicura, indústria cosmética e de beleza, assim como estabelecimentos onde se efectue a colocação de piercings, tatuagens e acupunctura.[...]
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