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Terça-feira, 16 Outubro 2007 11:14

BRASIL
Parada do Rio ganha visibilidade inédita



Resumo por André Fischer


A Parada Gay do Rio conseguiu feitos inéditos, entre eles a presença do governador do Estado, número recorde de trios e de financiamentos. Políticos de várias correntes também se esforçaram para mostrar apoio. Pela primeira vez além de Petrobrás, Ministérios e Prefeitura, a Skol (uma cervejaria, mercado tradicionalmente machista) também participou do evento. O Pão de Açúcar ao fundo e a Praia de Copacabana em lindo dia de sol ofereceram sem dúvida alguma o mais belo cenário que uma Parada Gay poderia ter.

Os trios estavam bem produzidos – destaque para o Cine Ideal – e é simpática a idéia de permitir carros e formatos menores (e menos caros) como o mini-trio do jornal O Sexo e o ônibus do jornal O Dia. A organização teve recursos e pôde oferecer uma estrutura interessante.

No entanto, algumas falhas sérias continuam mostrando a vulnerabilidade do movimento gay carioca. Quando não havia recursos, todo resultado conseguido era uma vitória. A partir do momento que a Parada passa a ter patrocinadores, as falhas precisam ser sanadas com urgência.

Foram montadas mais de uma dúzia de tendas para ONGs, imprensa, produção, recolhimento de brinquedos e alimentos mas elas foram simplesmente abandonadas antes mesmo do início da Parada. Continua faltando uma presença mais significativa do mercado. Apenas 4 clubes locais (The Week, 1140, Papa G e Cine Ideal) estiveram presentes. Le Boy, a mais tradicional da cidade, continua de fora, assim como outros clubes como Dama de Ferro, Galeria, Fosfobox, festas de Rosane Amaral, LaTroya etc.

O atraso de 3 horas pode ser justificado pelo atraso do governador, que chegou 1h30 depois do prometido. Ainda assim, o evento marcado para às 14h estava, desde o início, planejado para começar às 15h30. Ainda assim, o cortejo só saiu às 17h. No final os carros foram obrigados a disparar, criando gigantescos buracos, que no final chegaram a quase duas quadras entre os carros.

Os globais que marcaram as primeiras edições da Parada já não comparecem mais.

Outro vício, que não é exclusivo da Parada do Rio mas de praticamente todas as Paradas brasileiras, é a total falta de compromisso nos números divulgados. Dessa vez a organização apostou em 1,2 milhão de pessoas. Sem dúvida havia muita gente, mas não é preciso ser matemático para visualizar que, com muita simpatia, não havia sequer a metade. A histeria de computar números avassaladores já afirma que há 3.5 milhões na paulista ou 800 mil na orla de Fortaleza. É de interesse de muitos que esses números sejam divulgados dessa forma. Na verdade temos muita a ganhar. O governo - que apóia o evento e justifica a presença - e o movimento, que demonstra força. Só que não correspondem à realidade.

De qualquer forma, a Parada de Copacabana foi um sucesso e sem dúvida se firma como um evento do calendário do Rio

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#brasil #gay #ong ano 2007

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