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Quarta-feira, 16 Maio 2007 23:58

PORTUGAL
Protesto contra «desperdício» de sangue



O Movimento «Panteras Rosa», Frente de Combate à Homofobia, acusou esta quarta-feira o Instituto Português do Sangue (IPS) de estar a desperdiçar sangue ao proibir a doação aos homossexuais, uma regra que, diz o movimento, é aplicada aleatoriamente pelos hospitais, noticia a agência Lusa.


«Para além de ser incorrecta esta regra é aplicada de forma ridícula porque comprovámos que em cada hospital e em cada centro regional do Instituto Português do Sangue, dependendo do médico que lá está, a regra é aplicada de forma diferente», acusou Sérgio Vitorino, dirigente do movimento «Panteras Rosa», durante uma acção pública de protesto em frente ao Ministério da Saúde.

Recentemente, também numa acção levada a cabo pelo Movimento «Panteras Rosa», dezenas de homossexuais dirigiram-se a vários hospitais públicos e a centros regionais do IPS em quatro cidades do país para tentarem doar sangue, mas apenas um conseguiu fazê-lo, tendo, na mesma altura, um casal de lésbicas sido também proibido de doar sangue.

Segundo a informação prestada no site na Internet do IPS, «pode dar sangue se tiver bom estado de saúde, hábitos de vida saudáveis, peso igual ou superior a 50kg e idade compreendida entre os 18 e os 65 anos», não havendo referência às opções sexuais.

Mas, de acordo com o dirigente dos «Panteras Rosa», quando alguém pretende doar sangue tem, primeiro, de responder a um questionário que o poderá ou não excluir como dador.

O questionário pergunta, no caso do pretendente a dador ser homem, se o dador tem relações sexuais com outros homens e, no caso de a resposta a esta primeira pergunta ser afirmativa, se tem práticas sexuais de risco.

Sérgio Vitorino disse hoje que se trata de uma «prática que não só discrimina os homossexuais como está a pôr de lado milhares de potenciais dadores» porque, defendeu, não há práticas sexuais exclusivas dos homossexuais.

Sérgio Vitorino entende mesmo que o IPS está a excluir «com base numa pergunta aleatória» milhares de potenciais dadores que são necessários aos hospitais onde a necessidade de sangue é sempre urgente.

O Movimento «Panteras Rosa» considera que não há mais possibilidade de diálogo com o IPS e pretende agora que seja o Ministério da Saúde a tomar uma atitude e a tomar as medidas necessárias para resolver a questão.

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