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Quinta-feira, 15 Julho 2010 20:15

EUA
Estudo mostra que casais gays entram em acordo sobre a sua vida sexual



Acordos relativamente à vida sexual do casal são uma tendência crescente entre os casais gays de acordo com um novo estudo publicado hoje no jornal AIDS Care.


Os pesquisadores concluíram que os casais de homens gays têm tendência a definir regras base no que toca a sexo com outros e esta atitude tem mais a ver com o fortalecimento da relação do que a prevenção do VIH/SIDA. O estudo foi realizado na San Francisco Bay Area.

Colleen Hoff, director do Center for Research on Gender and Sexuality na San Francisco State University (SFSU) dirigiu o estudo e declarou ao site Relaxnews que "é difícil concluir" se esta necessidade de acordos relativamente à vida sexual tem origem no facto de os casais do mesmo sexo que forem estudados não poderem casar.

"No entanto, 19 porcento dos casais que participaram no estudo indicaram que estavam casados (o casamento entre pessoas do mesmo sexo foi permitido na California por alguns meses) e 29 porcento indicaram que estavam numa parceria doméstica registada".

O estudo classificou os acordos em três categorias: abertos (sexo com terceiros), fechados (monogamia sexual) e discrepantes (um parceiro pensa que o acordo é aberto, o outro pensa que é fechado).

31 por cento dos casais entraram num acordo monogâmico, embora alguns casais nestas circunstâncias indicaram que em algumas circunstâncias o sexo com terceiros não estava excluído. 46% dos casais classificaram as suas relações como abertas em níveis variados, desde casais quase monogâmicos a casais com abertura total em termos de sexo. Muitos destes casais faziam sexo apenas juntos com uma terceira pessoa, outros reforçavam a importância da monogamia emocional. Só um pequeno número de casais não colocava regras sobre estes relacionamentos sexuais fora do casal. A atitude sobre se os relacionamentos sexuais devem ou não ser revelados aos parceiros também variou imenso no estudo.

Apenas 5 por cento dos casais indicou acordos discordantes.

A forma como os acordos eram efectuados também variou, com 72% dos casais a referirem acordos explícitos em que a questão foi falada verbalmente entre os dois. Nos outros casais a forma de chegar a acordo não era tão clara.

"Estes acordos têm um papel central nas relações entre homens gays, os esforços de prevenção do VIH/SIDA podem ajudar os casais a discutir e negociar acordos sexuais robustos - e desta forma capitalizando as motivações e desejos que descobrimos que os casais gays têm - eles desejam construir relações fortes e saudáveis", disse Hoff.

Segundo Hoff a estratégia tem também de ter em conta os casais em que o acordo não é concordante, sendo que no estudo encontraram 8 porcento destes casos. E Hoff reforça a ideia que os esforços de prevenção do VIH/SIDA dirigidos para reduzir o número de casais com acordos não concordantes poderá "eventualmente reduzir o risco de transmissão sexual do VIH/SIDA para estes casais".

O estudo estará disponível no journal AIDS Care a partir de 15 de Julho mas pode ser também acedido online (em inglês "Sexual Agreements among Gay Male Couples") em: www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2855749/ .

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