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Domingo, 15 Janeiro 2006 05:11

ITÁLIA
Aborto e defesa das uniões de facto levam italianos à rua



O Vaticano e figuras do Executivo conservador de Silvio Berlusconi foram os principais alvos de crítica em duas manifestações realizadas ontem em Itália. Em Milão, algumas dezenas de milhares de mulheres marcharam para manter intacta a lei que existe no país sobre o aborto. Em Roma, milhares de gays saíram à rua para reclamar o reconhecimento legal das uniões fora do casamento.


Na Piazza Farnese, uma das mais emblemáticas de Roma, houve mesmo casamentos gay simbólicos levados a cabo por um magistrado do Supremo Tribunal de Justiça. Mas também se "casaram" heterossexuais.

Pasqualina Napoletano, deputada no Parlamento Europeu e membro dos Democratas de Esquerda, o principal partido da oposição, explicou que vive com o seu companheiro há 15 anos. "Queremos ver os nossos direitos reconhecidos", disse à AFP, para acrescentar que defende que deve ter esses direitos sem ser obrigada a casar.

"A extensão dos direitos dos casais casados aos casais de facto é um acto de bom senso", afirmou por seu lado o deputado Franco Grillini, do mesmo partido.

A reacção não se fez esperar: "Estas demonstrações provocam náuseas", disse o ministro das Reformas, Roberto Calderoli, segundo a agência de notícias italiana ANSA. "A família é uma coisa séria, baseada no amor entre um homem e uma mulher", explicou o membro da Liga do Norte. O ministro da Cultura, Rocco Buttiglione, lembrou por seu lado, que "sem crianças, a Itália morre", noticiou a Associated Press.

Já no protesto de Milão o slogan era: "Vamos sair do silêncio". As mulheres que saíram à rua estão preocupadas com a possibilidade de uma lei de 1978, que determina que o aborto é legal nos primeiros três meses de gravidez, possa ser alterada. A polícia de Milão estima que 50 mil pessoas tenham participado na marcha.

A última vez que o Papa Bento XVI se pronunciou sobre o tema foi na quinta-feira, para dizer que as uniões gay são erradas e que o Vaticano condena o aborto.

O jornal do Vaticano, L"Osservatore Romano, considerou por seu lado uma provocação os esforços que visam o reconhecimento legal das uniões de facto "independentemente dos parceiros serem de sexo diferente ou do mesmo sexo".

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