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Sexta-feira, 14 Setembro 2007 10:09

CINEMA
Madonna e outros corpos animam Festival Queer



Lisboa vai ver a partir de hoje a 11.ª edição do Queer, festival de cinema gay e lésbico. Dá-se assim continuidade a um trabalho que se insere numa tendência cada vez mais presente nos circuitos internacionais, quer em festivais próprios, quer através de prémios em festivais de grande nomeada, como já acontece há muito em Berlim e pela primeira vez surgiu há dias em Veneza.


A gala de abertura, no Cinema S. Jorge, será preenchida com o filme brasileiro "A casa de Alice". Escrito e realizado por Chico Teixeira, Carla Ribas é a protagonista, no papel de uma mulher, casada há 20 anos com um taxista e mãe de três filhos e cuja vida esconde um temível segredo.

Madonna, corpos e sexo

O festival, que exibe um total de 88 filmes, inclui secções competitivas nas categorias de longa-metragem, documentário e curta-metragem; a actriz Cucha Carvalheiro e a realizadora Ana Luísa Guimarães presidem aos dois júris. Haverá ainda a exibição de telediscos, divididos em três categorias "Madonna: este é o meu corpo", com trabalhos realizados por David Fincher, Mary Lambert ou Jean Baptiste Mondino; "O corpo transfigurado"; e "Todos os corpos, todos os sexos".

A grande novidade do festival será no entanto a apresentação de um grupo de filmes de Óscar Alves, que praticou uma cinematografia gay portuguesa dos anos 70 (ver outro texto). A mostra destes filmes será acompanhada de um debate, havendo ainda outros dois "Personagens homossexuais na ficção televisiva portuguesa"; e "Flores verdes, ou a importância de se Chamar Wilde".

De entre as várias personalidades que vão estar em Lisboa, uma especial atenção recai sobre Christian Liffers, realizador de "Dos pátrias Cuba y la noche" (dia 20, 18.30 horas), um documentário em que o autor percorre o território cubano, tendo na bagagem poemas de Reinaldo Arenas, concentrando-se num grupo de personagens que têm em comum uma opção sexual mal vista pelo regime. O festival termina no dia 22 com a entrega de prémios e a exibição de "The picture of Dorian Gray", de Duncan Roy, já depois de no dia anterior ter sido mostrado um dos filmes mais apetecidos da mostra, "The blossoming of Máximo Oliveros", do filipino Aureaus Solito. Durante toda a semana haverá festas quase todas as noites (Grémio Lisbonense e Max). O festival é dirigido por João Ferreira, vice-presidente da Associação Cultural Janela Indiscreta.

Não restam dúvidas na programação do 11.º Queer, um dos maiores destaques vai para a revelação de um cineasta que pratica cinema gay em Portugal desde os anos 70. Óscar Alves, também artista plástico, vai mostrar os seus filmes no domingo (21.30 horas), num programa com quatro curtas-metragens: "Aventuras e desventuras de Julieta Pipi ou o processo intrínseco global kafkiano de uma vedeta não analisada por Freud" (1978), "O charme Indiscreto de Epifânea Sacadura" (1975), "Goodbye Chicago" (1978) e "Solidão povoada" (1976). Este último tem a presença de Bell Dominique e Isabel Wolmar. Na terça (19.30 horas), há um debate sobre o autor, moderado por António Fernando Cascais e com a participação do realizador João Pedro Rodrigues e do actor e encenador João Grosso.

[Mais informações em: www.queerlisboa.org ]

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