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Quarta-feira, 13 Dezembro 2006 19:59

SANTA SÉ
Padre Católico é condenado a 15 anos de prisão por genocídio em Ruanda



Segundo o site uol.noticias.com.br, o Tribunal Penal Internacional para Ruanda (TPIR) condenou hoje o padre ruandês Athanase Seromba a 15 anos de prisão, ao considerá-lo culpado de genocídio e crimes contra a humanidade, informou o porta-voz da corte, Bocar Sy.


Seromba é o primeiro padre pertencente à Igreja Católica condenado por genocídio em uma corte internacional A Sala Terceira do TPIR, situado em Arusha (Tanzânia), condenou Seromba pelos crimes de genocídio e lesa-humanidade na modalidade de extermínio. O padre foi absolvido da acusação de conspiração para cometer genocídio.

"A Sala considerou um fator agravante o fato de que era um religioso muito conhecido em sua comunidade e no qual muitos paroquianos confiavam", afirmou Sy.

Em 1994, o condenado estava encarregado da paróquia de Nyange, na localidade de Kivumu, na província de Kibuye.

Fugindo dos massacres, mais de duas mil pessoas, a maioria da comunidade tutsi, se esconderam na igreja. A partir de 15 de abril, o templo foi submetido a ataques regulares por parte de militares e milícias "Interahamwe".

Segundo a Promotoria, o padre ordenou a destruição da paróquia com máquinas escavadeiras. Os que sobreviveram a este ataque foram mortos a facadas.

Entre 500 mil e um milhão de tutsis e hutus moderados, segundo diferentes fontes, morreram massacrados com machetes e armas de fogo por milícias extremistas, soldados e a própria população civil durante o genocídio ruandês. Muitos deles morreram em igrejas nas quais tinham procurado refúgio.

Duas freiras ruandesas foram condenadas pela Justiça belga a entre 12 e 15 anos de prisão por seu papel nos massacres.

Mas esta foi a primeira vez que um membro da Igreja Católica se sentou no banco dos réus do TPIR, que só julgou até agora outro religioso, o pastor da Igreja Adventista do Sétimo Dia Elizaphan Ntakirutimana, condenado a dez anos de prisão em fevereiro de 2003.

Seromba, de 42 anos, estava abrigado desde 1997 na diocese de Florença, mas, diante da pressão da então promotora do TPIR, Carla del Ponte, sobre as autoridades eclesiásticas, o religioso se entregou voluntariamente ao tribunal em 7 fevereiro de 2002.

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