A revelação foi feita aos jornalistas por uma das autoras do estudo, à margem do 5º Congresso Nacional sobre Sida, que hoje termina na Figueira da Foz. O grupo de estudo da transmissão vertical na criança, constituído por pediatras, analisou 100.000 partos, realizados em hospitais de norte a sul do país, durante 2001 e 2002. A pesquisa conclui que 590 grávidas (5,9 em cada 1000) foram infectadas pelo vírus da Sida. Já a taxa de transmissão vertical mãe-filho (recém-nascidos infectados) é, segundo os dados recolhidos pelo mesmo estudo, de quatro por cento, o que aponta para o nascimento anual de 23,6 crianças portadoras do vírus. "Uma taxa de quatro por cento é o dobro da média europeia mas pode ser melhorada" disse à Lusa Graça Rocha, médica do Hospital Pediátrico de Coimbra, uma das autoras do estudo. Entre as medidas avançadas pela especialista para reduzir a taxa de transmissão vertical está o rastreio das mulheres durante a gravidez. "Se as grávidas forem rastreadas a tempo, pode evitar-se a transmissão vertical", afirmou Graça Rocha.
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