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Domingo, 13 Junho 2004 00:59

PORTUGAL
Uma em Cada Três Mulheres É Vítima de Violência Doméstica



Uma em cada três mulheres é vítima de violência doméstica em Portugal, um problema que tem vindo a ganhar visibilidade, mas para o qual o serviço de saúde continua sem respostas.


Este número é indicado no Plano de Acção para a Saúde 2004, da responsabilidade do Ministério da Saúde (MS), que aponta ainda que, "por ano, 52 por cento das mulheres são vítimas de alguma forma de violência". O Plano de Acção para a Saúde refere que, entre os vários tipos de maus tratos, "o abuso sexual, nas suas diversas expressões, é talvez uma das situações em que os profissionais de saúde, quando com elas confrontados, sentem mais dificuldade em intervir". De acordo com o MS, a violência doméstica tem vindo a ganhar visibilidade ao longo da última década, mas as respostas da saúde para esta problemática "só recentemente começaram a ser alvo de maior atenção, mesmo assim insuficiente". As respostas da saúde também têm sido "manifestamente inadequadas, contemplando, essencialmente, aspectos de emergência médica, sem contemplar adequadamente as vertentes mais preventivas". "A violência é uma parte na saúde que tem que ser resolvida de forma integrada com o Ministério da Justiça", defendeu o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos, Carlos Arroz, para quem "só uma acção em termos locais, multidisciplinar é que poderia ajudar no combate". O sindicalista considera que a resposta que falta é o apoio nos centros de saúde, serviços que têm uma maior proximidade com as vítimas. "A maior parte dos centros de saúde não tem psicólogos nem assistentes sociais e nas equipas de urgência dos hospitais estes quadros estão quase excluídos." Sozinhos, os médicos que atendem estas mulheres nas urgências pouco mais podem fazer do que prestar os cuidados básicos de emergência médica. Também os enfermeiros se deparam com os mesmos problemas e dificuldades, disse à Lusa a presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), Guadalupe Simões. Porém, a coordenadora do II Plano Nacional Contra a Violência Doméstica, Conceição Lavadinho, afirmou que estão a ser constituídas equipas multidisciplinares, cujos médicos terão depois formação específica para atender vítimas de violência doméstica. Acções de formação para farmacêuticos irão também avançar.

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#portugal #saúde ano 2004

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