Nicolai Alexeyev, ativista pelos direitos das pessoas LGBT e rosto sobejamente conhecido das autoridades russas, disse que ataques homofóbicos como este ocorrem todos os dias algures na Rússia e que, ao contrário deste, nunca são investigados.

No passado dia 9 de Maio um jovem de 23 anos bebia algumas cervejas com mais dois amigos de 22 e 27 anos, celebrando assim o “Dia da Vitória” comemorado pelos russos.

A vítima de 23 anos, alegadamente e segundo as investigações, terá dito aos outros dois jovens que era homossexual, e perante esta revelação desencadeou-se um ataque bárbaro que levou à morte.

Violentamente espancado, foi também violado com garrafas de cerveja, terminando com o esmagamento do crânio com uma pedra.

O corpo desnudo da vítima foi encontrado no pátio de um bloco de apartamentos na cidade de Volgograd.

Os dois jovens, indiciados como responsáveis pelo ataque e a morte, já se encontram detidos tendo um deles antecedentes criminais.

Vladimir Putin, já veio a público dizer que a Rússia "não viola os direitos das pessoas homossexuais", mas recentemente fez saber que pretende rever os acordos celebrados sobre adoção internacional, nomeadamente com a França que recentemente aprovou o casamento entre casais de pessoas do mesmo sexo, e o acesso à adoção por estes casais.

Recorde-se que as manifestações do orgulho LGBT em Moscovo e São Petersburgo tem sido sistematicamente proibidas pelas autoridades. A Rússia descriminalizou a homossexualidade em 1993, mas ainda parece ter um longo caminho para alcançar o respeito e a atribuição de direitos iguais a esta população.