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Segunda-feira, 13 Março 2017 19:54

ESPANHA
Três meses de prisão por protestarem contra professor homófobico na Univesidade



Um tribunal condenou a três meses de prisão dois estudantes da Universidade de Santiago que em 2015 protestarem contra um professor que proclamou nas suas aulas teóricas de "falta de masculinidade nos homossexuais" e que "o seu mal pode espalhar-se."


Em Maio de 2015 um grupo de 70 estudantes da Universidade de Santiago realizaram um protesto numa das aulas de Domingo Neira, que uns meses antes se tinha tristemente congratulado por dar conteúdos marcadamente homófobicos nas suas aulas.

Os homossexuais carecem de masculinidade e não podem educar 

A homossexualidade é contagiosa 

Não se pode permitir permitir a casais do mesmo sexo de adoptar, sendo que passariam o seu mal aos seus filhos 

Estas foram algumas das frases que terá repetido, e que estam presentes também num livro - da sua autoría - que também usava nas aulas.

A resposta da Universidade de Santiago foi uma sanção muito leve (uns meses de docência), e Neira voltaria a dar aulas no ano seguinte. O crescente mal estar dos alunos levou a um grupo de estudantes à realização do referido protesto. Quatro das pessoas que participaram no protesto foram chamadas a depor e em Fevereiro de 2016 três foram detidas acusadas de desordem pública a que corresponderiam 5 meses de prisão para cada um.

Os alunos defendem-se dizendo que a ação não foi violenta em algum momento:

Esperamos até o final da aula, e quando apenas faltavam cinco minutos para o final e o professor estava a arrumar iniciamos o protesto, com gritos e cartazes, mas de forma totalmente pacífica 

O julgamento teve lugar em Outubro passado. Na passada sexta-feira conheceu-se a sentença, que condenou Antia e Mario a três meses de prisão por desordens pública e absolveu Martín (Atanes). A defesa considera a pena injusta:

De que tipo de Justiça nos pretendem falar quando vemos todos os dias em que existe um protesto, um tweet ou uma canção reivindicativa e se pode acabar na prisão mas em vez disso os corruptos e bandidos reais são absolvidos nos tribunais? 

Os alunos estão ainda mais revoltados quando o resultado da campanha transfóbica do autocarro HazteOir teve apenas como consequência a apreensão do veículo e ninguém foi acusado de nada.

Aí há um crime de ódio. Nós somos estudantes, somos humildes e não temos outra maneira de reinvindicar a não ser expressar numa sala de aula o nosso descontentamento. Em vez disso HazteOir tem a possibilidade de comprar um autocarro, e fazê-lo circular à sua vontade por meia Espanha. Isso mostra o poder que eles têm e do pouco que nós temos 

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