O processo surgiu após o pivô da CNN ter relatado à sua mãe o que lhe aconteceu no colégio católico privado de Baltimore. No relato (disponível em www.cnn.com/2007/US/03/09/roberts.btsc/index.html ), Thomas Roberts escreve que após a condenação do padre, decidiu contar publicamente a sua história: após o divórcio dos pais, em meados de 1980, Thomas Roberts foi colocado na escola católica. "Mas, com a minha família dividida, fiz a minha vida na escola. Depois de começarem os abusos, a escola tornou-se numa prisão", relata o jornalista.
O pivô descreve ainda a angústia que sentiu ao contar aos pais o que lhe estava a suceder: "Vi-me numa armadilha. Os meus pais ficariam escandalizados se soubessem que o divórcio colocou o filho em risco de ser sexualmente abusado e que o abusador era o capelão da escola e um padre admirado". Depois recorda o problema da credibilidade das suas palavras: "A escola nunca acreditaria em mim, pensei, e receei a expulsão se contasse que tinha sido abusado".
Na passada semana, Thomas Roberts enfrentou o seu abusador no tribunal de Baltimore. "O padre Jeff viveu 20 anos no meu silêncio", disse o jornalista ao juiz, acrescentado: "Agora, já sou suficientemente velho e forte para lutar pelo jovens que você abusou", declarou perante o juiz e o júri.
Além de ter dado a cara em tribunal, Thomas Roberts, assim como a sua mãe, Michele Roberts, relatou o seu passado perante as câmeras da CNN. O vídeo da reportagem "Os pecados do padre" pode ser integralmente visualizado na Internet em www.cnn.com/video/player/player.html?url=/video/bestoftv/2007/03/08/cooper.sins.of.the.father.tease.cnn .