Pelo menos 16 jornais europeus, entre eles os franceses "Le Monde" e "Le Figaro", o italiano "La Stampa" e o espanhol "El País", deixaram de circular no Reino Unido nos últimos dias por trazerem informações sobre um suposto escândalo sexual envolvendo o príncipe Charles. A imprensa britânica, que levantou o caso, está impedida de publicar a história por causa de uma decisão judicial, e os distribuidores dos jornais europeus no país recusaram-se a pôr as edições dos outros europeus nas bancas. Nos últimos dias os jornais europeus e o escocês "The Sunday Herald" -a legislação escocesa é diferente da inglesa e da galesa- decidiram divulgar a história. Ao "Mail on Sunday", George Smith, ex-criado de Charles, teria contado que viu um "incidente sexual" envolvendo o herdeiro do trono e outro servidor real, segundo a versão dos jornais. O caso ganhou espaço na imprensa britânica depois que a assessoria do príncipe divulgou uma nota negando enfaticamente as alegações, sem dizer quais eram. A estratégia da assessoria foi criticada por especialistas em mídia, mas a maioria reconhece que é difícil qualquer defesa para Charles. "Eles seriam criticados por divulgar uma negativa ou por terem ficado quietos", diz o jornalista William Shawcross. Para Shawcross, o episódio demonstra também a intolerância dos tablóides, pois, afinal, a sexualidade do príncipe "deveria ser uma questão particular".
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