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Quinta-feira, 12 Outubro 2006 17:19

ONU
Escola é lugar de violência diz estudo da ONU. LGBTs na lista de alvos.



Um estudo da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado ontem (11) pelo secretário geral Kofi Annan, mostra que muitas crianças são vítimas de agressões físicas, formas humilhantes de punição psicológica e intimidação dentro das escolas. Castigos corporais também são comuns, embora a legislação de 106 países proibam essa prática.


O levantamento mostra que o tipo mais comum de violência contra as crianças é o acosso. Ou seja, a perseguição pelos próprios colegas, o que pode causar grande sofrimento físico ou psicológico. Essa questão está associada à discriminação contra crianças de famílias pobres ou a crianças que convivem com algum tipo de violência.

“Quanto maior a desigualdade socioeconômica, maior é a violência em relação a comunidades populares, populações nos espaços de periferia, famílias, adolescentes e às próprias crianças”, afirmou a oficial de projetos do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Helena Oliveira.

O estudo também mostra que as meninas são as maiores vítimas de violência sexual praticada por professores ou por condiscípulos do sexo masculino. Segundo o estudo, isso só acontece porque o Estado é incapaz de fazer cumprir as leis anti-discriminação.

Outro dado levantado é que a violência normalmente é dirigida a jovens homossexuais, lésbicas bissexuais e transexuais.

Para acabar com essa situação, a ONU recomenda que sejam adotadas leis para proibir castigos corporais nas escolas e estabelecimentos de ensino, além da adoção de mecanismos seguros para que as crianças a suas famílias possam denunciar atos de violência a que são submetidos.

O organismo internacional recomenda, ainda, o uso de estratégias pedagógicas não-violentas e adoção de medidas disciplinares que não sejam calcadas no medo ou na força física.

A pesquisa é baseada em relatórios enviados pelos países membros da ONU - dentre eles, o Brasil - e nas respostas de consultas feitas pelo Unicef. O documento analisa vários tipos de violência que ocorrem ao longo da vida da criança, dos primeiros meses de vida até os 18 anos, bem como os ambientes em que a violência física, psicológica ou sexual é cometida.

O estudo foi coordenado pelo especialista independente brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, doutor em Ciência Política e diretor do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP). O documento foi produzido com o apoio do Unicef, da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Alto Comissariado para os Direitos Humanos e demais agências da ONU.

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